A concentração de transportadoras e ferros-velhos no Floresta, zona Sul de Joinville, pode ser a explicação para que, dos 73 focos de larvas do mosquito da dengue registrados no município até a última sexta-feira, 23 tenham sido encontrados no bairro. Ao menos é esta a hipótese que a Vigilância Ambiental, responsável pelo combate à dengue, vem investigando.
Continua depois da publicidade
Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental, Thaisa Kulevicz, vários Estados brasileiros estão com surto de dengue, entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, que costumam ser destino das transportadoras joinvilenses. Ela explica que ao passar pelas cidades que têm a ocorrência do mosquito, muitas vezes os insetos ou as larvas acabam vindo para cá nos caminhões.
– A gente já encontrou mosquito até dentro de um estepe -, conta Thaisa.
Para controlar a incidência em Joinville, o órgão está investindo na orientação da população e, em especial, de empresas com grande movimentação de cargas, transportadoras e ferros-velhos – devido à grande quantidade de materiais e à possibilidade do acúmulo de água.
Continua depois da publicidade
– Por mais que o mosquito venha, ele precisa de água. Se não encontrar, ele vai voar até morrer -, esclarece Thaisa.
De acordo com a coordenadora, os agentes de combate à dengue estão tentando recuperar, nos últimos meses, as residências que não foram vistoriadas em janeiro por causa das férias.
Neste fim de semana, foi confirmado o primeiro caso de dengue no Estado em 2013. Uma mulher de 42 anos contraiu a doença em Chapecó, no Oeste. A cidade registra 759 focos do mosquito.
Continua depois da publicidade
Medidas de segurança
Quando o mosquito ou a larva dele são encontrados, é feita a chamada delimitação do foco. Uma equipe da Vigilância Ambiental mapeia um raio de 300 metros em torno do local em que o inseto apareceu.
– Porque o Aedes aegypti tem o hábito de voar até 150 metros do local em que ele surgiu -, explica Thaisa.
Desta forma, residências, comércios e empresas que pertencem a esse raio são vistoriados. Thaisa esclarece que os agentes vão de casa em casa à procura dos focos, orientam os moradores e colocam veneno se necessário.
Continua depois da publicidade
Para encontrar as larvas ou o mosquito transmissor da dengue, são distribuídas em média 70 armadilhas por bairro, a 300 metros uma da outra. A armadilha é um recipiente, normalmente um pedaço de pneu, com água limpa.
– Se tiver larva, a gente a coloca em um tubo de ensaio, anota a amostragem e envia para análise -, conta o agente de combate à dengue Carlos Alberto Ritter.