É um bairro tranquilo, com muitas casas que ainda guardam as linhas arquitetônicas inglesas de seus fundadores. Basta caminhar por Banfield para perceber que há algo diferente no ar. É uma dinâmica victoriana, de fato. Não só pelas crianças com uniforme de saia e meias três quartos (as meninas) e gravatinhas (os meninos). O bairro tem um perfil britânico, admitido com orgulho por funcionários e pelo material impresso oficial do clube homônimo que hoje enfrenta o Inter.

Continua depois da publicidade

Os trilhos da linha de trem que deu origem ao clube, por conta da estação Gran Ferrocarril Sur, cujo presidente chamava-se Edward Banfield, ainda estão ali, cruzando uma das ruas de acesso ao Estádio Florencio Sola. Há uma certa fleuma pelas ruas do bairro que dá nome ao atual campeão argentino, vencedor do Torneio Apertura do ano passado. O Clube Atletico Banfield tem 10 mil sócios, todos eles habitantes do bairro que se espalha em volta do Florencio Sola, seguindo um modelo parecido ao do bairro de La Boca e da Bombonera.

– Somos uma clube familiar. É um bairro de trabalhadores, com muitas casa e raros edifícios. Por isso não há hotéis aqui por perto, pode reparar. O negócio aqui é ir para as zonas centrais trabalhar e voltar para nossas casas em tempo de torcer pelo Banfield – afirma o funcionário Federico Sanchez.