O bairro Comasa, na zona Leste de Joinville, nasceu em 18 de dezembro de 1997. É um adolescente que carrega a responsabilidade de se autoafirmar e que precisará de muita perseverança para vencer as muitas vulneralibidades.
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Mas o desânimo não faz parte desta comunidade, cujo bairro foi criado a partir de áreas que pertenciam ao Espinheiros e ao Boa Vista. Não por acaso, muitos ainda identificam o bairro como Comasa “do Boa Vista” ou Vila Paranaense. Aos poucos, porém, a identidade do Comasa vai se sobrepondo, sob a responsabilidade de estar entre os dez mais populosos de Joinville, com 20.806 moradores.
PDF: os pedidos e os compromissos para o Comasa
Uma grande parte dos moradores do Comasa é do Paraná, segundo as lideranças comunitárias que falaram com o “AN” na tarde de 19 de março, na sede da Associação de Moradores Vila Paraná. Mas recebe muito bem a todos, entre eles, Jurandir Pedro de Oliveira, que preside a Associação de Pais e Professores (APP) do Centro de Educação Infantil (CEI) Espinheiros.
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Ele veio de São Paulo para Joinville 17 anos atrás. Jurandir acompanha o crescimento do bairro e garante que, embora tenha muita coisa para melhorar – principalmente na região que fica para os lados da Vila Paranaense -, o salto qualitativo na vida da comunidade é evidente. A mesma percepção – de que a vida no Comasa evoluiu muito nos últimos anos – tem o presidente da Associação de Moradores Vila Paraná, José Henkel, que veio do Estado vizinho 27 anos atrás.
O Comasa tem o tamanho, a estrutura e a efervescência de uma cidade. E também os problemas típicos de uma região que só cresce – principalmente na segurança, na saúde pública e no trânsito. Mas duas demandas, que se evidenciam nos arredores da Vila Paraná, pedem atenção maior do poder público: o excesso de lixo e animais jogados em algumas áreas do bairro e a falta de pavimentação – e até mesmo de ensaibramento ou um simples patrolamento. O mote “fomos esquecidos” nas obras de pavimentação e ensaibramento surge constantemente em meio à conversa.
Além de José e Jurandir, estavam no encontro do dia 19 de março Rosângela Mazzolli, presidente da APP do Caic Francisco José de Oliveira; Sandro Honorato, presidente do conselho local de saúde; Marina T. Dias, vice-presidente do conselho local de saúde; Roseli M. da Silva, vice-presidente da APP do CEI Esperança; e o morador M. Bueno
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Prefeitura garante que vai atender às reivindicações
Na quinta-feira à tarde, dia 27, o prefeito Udo Döhler já tinha na ponta da língua as respostas às reivindicações do Comasa. E as garantias dadas por ele e pelo secretário da Subprefeitura Leste, José Célio Machado, devem deixar as lideranças comunitárias que repassaram a lista de demandas bem otimistas. O prefeito, novamente, não se restringiu a falar sobre os pedidos da comunidade do Comasa.
Destacou pontos que envolvem toda a cidade, fazendo um pequeno balanço deste um ano e três meses de aministração. Um dos fatos que fez questão de destacar foi a mudança na forma com que a Prefeitura passou a tratar as informações que chegam até ela. Mostrando uma caneta, Udo disse que a usou pela última vez neste 27 de março para assinar documentos no Executivo. A partir de agora, só assinatura eletrônica.
Citou o fato para falar que, quando assumiu a administração da Prefeitura, em janeiro de 2013, era tudo analógico; as informações estavam espalhadas e tornavam o trabalho muito difícil. Hoje, com a digitalização, praticamente toda a Prefeitura está conectada, por meio de programas específicos como o Segeo e o sistema eletrônico de informação (SEI). Para o prefeito, um grande avanço que merece destaque, porque é sinônimo de clareza e agilizade. Até o fim do ano, todas as informações da Prefeitura estarão online
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– Estar com tudo online impede de se acrescentar, suprimir e alterar informações, o que previne o desvio de conduta (que se traduz como corrupção). Este é o primeiro avanço em nossa administração. O segundo (e gigantesco) avanço é a renovação da frota de equipamentos; as obras nas vias públicas darão um salto – enfatizou um otimista Udo Döhler.
Investimentos na educação (com a reforma de 100 das 158 escolas municipais e distribuição de notebooks para professores e tablets para os alunos) e na saúde (principalmente os 47 novos leitos no Hospital São José) também contribuíram para que Udo esteja satisfeito “com o que pôde ser feito até aqui”.
Destaque para obras em escolas
Dando um tempo na lista de necessidades do bairro, as lideranças são incentivadas a falar das coisas boas do Comasa. E todas são unânimes: a reforma das escolas está no topo dos elogios. Todas são ótimas e bem administradas, afirmam. Também aplaudem o trabalho da médica cubana no posto de saúde do bairro e pedem a permanência dela.
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Na lista de coisas positivas há também o lazer oferecido pela Associação de Moradores Vila Paraná, onde os moradores contam com praça da melhor idade, espaço para reuniões do Conselho do Deficiente Físico em Busca da Vitória, dos grupos de idosos e de mães, uma quadra de futebol de campo e outra de futebol de areia e parceria com as igrejas para a realização de festas. A população também pode usar o espaço para eventos particulares.
O secretário José Célio Machado também destaca como pontos de orgulho do Comasa o sambaqui do rio Comprido, que é ponto turístico, e a Praça de Esportes e Lazer David da Graça
As reuniões na associação de moradores são realizadas toda primeira quarta-feira do mês, às 19 horas. A associação fica na rua Abelardo Barbosa, ao lado do Caic, e o presidente José Hensel coloca seus telefones à disposição: (47) 3433-2780 e 8479-3735.
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