Hebraico, inglês e português. Estes foram os idiomas com que os alunos do Bolshoi de Joinville ensaiaram o espetáculo que vão apresentar no Festival de Dança, na próxima quarta-feira (19). A apresentação do espetáculo “Leela” será no Teatro Juarez Machado, às 17h, e os ingressos já estão esgotados.
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O trabalho é o resultado de uma parceria com uma companhia de dança contemporânea israelense, a Vertigo. Os ensaios aconteceram ao longo dos últimos dias. A apresentação representa um desafio para os bailarinos da companhia jovem, formada por alunos recém-formados no Bolshoi.
— É uma oportunidade que praticamente a gente nunca tem. Então trabalhar com um trabalho novo de fora de uma companhia maravilhosa e ter os coreógrafos aqui com a gente passando passo a passo, explicando sobre a coreografia, e a gente poder estrear, está sendo maravilhoso — disse a bailarina Barbara Santos, do Bolshoi.
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Os ensaios
O trabalho foi feito em duas etapas. Na primeira, os bailarinos da companhia israelense, o português Daniel Costa e a russa Korina Fraiman, estiveram em Joinville passando a coreografia para os alunos que têm formação de balé clássico.
— Nos dois primeiros dias, eles olhavam para nós como se nós tivéssemos mesmo chegado de outro planeta. Foi bem interessante. Mas, aos poucos, vão se desenvolvendo e a curiosidade deles vai aumentando a vontade e a necessidade de aprenderem o estilo, a linguagem diferente do movimento da Vertigo — afirmou o bailarino Daniel Costa, da Vertigo.
Agora, eles retornaram para Joinville, para dar os últimos retoques no espetáculo. Nesta segunda etapa, um ingrediente a mais: o acompanhamento à distância de Noa Wertheim, que criou “Leela”. Wertheim é conhecida mundialmente pelo trabalho autoral como coreógrafa e diretora da Vertigo.

Pela internet, ela conversou com os alunos do Bolshoi, passando instruções e conselhos.
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— Eu penso que, na idade de vocês, é muito bom conhecer coreógrafos como a Vertigo e outros, que possuem uma ótima expressão e conhecimento no mundo da dança. É muito importante para vocês começarem a conhecer e também de vocês poderem aprender e ter contato com novas informações — disse Wertheim aos alunos.
Apesar de estarem quase 11 mil quilômetros distantes e muitos dos alunos não falarem inglês, a comunicação foi estabelecida pela linguagem universal da dança.
*Sob supervisão de Lucas Paraizo
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