Neste 2023, o Festival de Dança de Joinville comemora os seus 40 anos e, ao longo do tempo, diversos grupos de diferentes estilos, sotaques e que promovem a inclusão passaram a ocupar os palcos do evento. Um dos exemplos é a companhia Loucurarte, que é de Sergipe e conta com quatro bailarinos cadeirantes.
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Esta é a primeira vez que se apresentam na cidade e, na sincronia entre os pés e as cadeiras de rodas, a equipe se apresenta e promove a superação de preconceitos. A coreógrafa Marilene Melo explica que a ideia é que o movimento feito por quem anda fique o mais próximo possível do cadeirante.
— É praticamente uma troca — destaca.
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O grupo, criado em 2011, já fez, entre a Mostra Competitiva, Palcos Abertos e Dance Parade, 14 apresentações no total. Segundo Osmario Campo, diretor da equipe, quando se apresentam é sempre uma surpresa para a plateia.
— Ficaram bastante curiosos quando a gente subiu no palco e, nossa senhora, aplaudiram de pé — comenta.
Para além da dança, o projeto também é um movimento de caráter social. A maioria dos dançarinos é do interior do Sergipe. Manuela dos Santos, por exemplo, é da cidade de Lagarto, que fica a 80 quilômetros de Aracaju.

A bailarina utiliza cadeira desde criança e esta é a primeira vez que saiu do Estado. Na dança entrou também tem pouco tempo, apenas há sete meses.
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— Fui só pra conhecer e acabei gostando. Sinto muita alegria e estou aprendendo coisas novas e conhecendo lugares e pessoas novas também — destaca.

Ao contrário de Manuela, João dos Santos é bailarino há mais tempo, tem 12 anos. Ele conta que a dança mudou sua vida, o tirou do mundo em que vivia e lhe apresentou outra realidade.
— Na verdade, a dança, desde quando o mundo se criou, todo mundo dança. A dança é maravilhosa, ela fortalece a alma da gente — diz.
*Com informações de André Pereira, NSC TV
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