A bailarina Maria Eduarda Meireles, que perdeu o dedo do pé em um acidente em Joinville no ano passado, volta aos palcos para sua primeira apresentação no próximo dia 26. Será também a oportunidade da jovem gravar o vídeo que será enviado para a seleção do Festival de Dança de Joinville, que acontece em julho.
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O acidente ocorreu quando a van ocupada pelos bailarinos de Brasília (DF) se deslocava de Curitiba (PR) para Joinville, onde se apresentariam no maior festival de dança do mundo. Maria Eduarda voltou a ensaiar com os demais bailarinos da Escola de Dança Noara Beltrami há cerca de dois meses e agora está pronta para retornar aos palcos.
– Estou muito feliz de ter outra oportunidade, nunca imaginei que seria tão rápido desse jeito. Estou na expectativa, acho que ainda não parei para pensar que realmente estou voltando a dança e vai ser minha primeira apresentação – comenta.
Segundo a professora Noara Beltrami, a bailarina prepara apresentação solo, variação e também participa do conjunto da escola para tentar voltar a Joinville. A filmagem dos vídeos que serão enviados para a seletiva do Festival de Dança também acontecerá no dia 26.
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– Estou muito motivada neste momento para chegar logo em Joinville, poder ver o que não vi no ano passado, que é a Feira da Sapatilha e outros bailarinos que acompanho. Estou muito ansiosa – conta.

Bailarina usa prótese para manter estabilidade
Maria Eduarda começou a fazer balé aos cinco anos e entrou na Escola de Dança Noara Beltrami sete anos depois, quando descobriu que a brincadeira poderia se tornar uma profissão. Quando soube da perda do dedo no acidente, a bailarina ficou triste porque imaginou que não poderia voltar a dançar.
– O balé é o único lugar onde me sinto realmente completa, é uma sensação de conforto quando estou no palco. Então, pensar em perder isso foi um choque muito grande. Quando me disseram que eu conseguiria voltar a dançar, foi a época em que fiquei mais determinada – recorda.
Ela voltou a dançar após meses de fisioterapia e recuperação, mas ainda se sentia insegura por causa da amputação do dedo. A confiança voltou depois de colocar uma prótese que a deixa com mais estabilidade para encaixar a sapatilha e fazer os movimentos.
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– Acho que conseguiria dançar sem a prótese, mas ia demorar mais e não seria tão confortável para mim. Quando comecei a usar, me senti melhor e mais segura em saber que tinha alguma coisa ali segurando um pouco o meu pé, encaixando direitinho o na sapatilha de ponta – descreve.
Agora que retomou os giros e os movimentos mais difíceis do balé, ela se sente no momento mais divertido desde o início da recuperação. Também teve ainda mais certeza do sentimento que tem pela dança, a qual afirma ser indispensável para sua vida.
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