Bailarina Laura Flores volta ao palco nesta quarta para se apresentar e lançar seu livro em Florianópolis

Laura Flores era bailarina e atleta até sua carreira ser interrompida no auge por uma doença rara, a Síndrome de Susac. Exemplo de superação, hoje ela lança seu primeiro livro, Dança das Flores – A Bailarina que Perdeu o Equilíbrio, com um espetáculo no TAC, em Florianópolis, onde nasceu.

Para Laura a apresentação é especial. Além de marcar o lançamento da obra, marca sua volta aos palcos.

– Pensei que nunca mais fosse dançar, mas vou. E com o livro vou fazer o que mais quero: ajudar outras pessoas que têm doenças neurológicas raras como a minha a superarem a situação – conta a bailarina.

Ela fazia natação, jazz, hip hop, balé e tae-kwon-do, entre outras atividades. Em 2003, aos 26 anos, começaram as fortes dores de cabeça, que foram o prenúncio da síndrome. A doença fez com que Laura perdesse o equilíbrio e tivesse a visão e a audição afetadas. Em seguida vieram a dificuldade de caminhar e a impossibilidade de dar aulas em sua academia de dança, na Capital.

– Dizem que sou um exemplo, mas ainda acho que faço pouco. Hoje é fácil me adaptar às minhas condições, mas passei por uma depressão muito grande. Eu era uma bailarina, podia tudo com meu corpo – afirma.

O espetáculo de hoje vai contar com 70 bailarinos. Feliz, Laura relata que, apesar das sequelas que ainda apresenta, vai participar de cinco números:

– Achei que ia me aposentar, mas vou dançar com o apoio de outra bailarina. Vai ser como um par de dança de salão, para me ajudar no equilíbrio e na noção espacial. Além disso eu caminho bem melhor quando danço. É como uma terapia.

Agende-se

O quê: espetáculo de dança no lançamento do livro Dança das Flores –

A Dançarina que Perdeu o Equilíbrio

Quando: hoje, às 20h

Onde: Teatro Álvaro de Carvalho,

Rua Marechal Guilherme, 26 –

Centro, Florianópolis

Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

Saiba mais

A Síndrome de Susac é tão rara que apenas cerca de 300 casos foram relatados no mundo – especialmente em mulheres entre 20 e 40 anos. A doença, descoberta em 1979, caracteriza-se por fortes dores de cabeça, problemas na visão e audição e outras manifestações neurológicas.