A dança levou Athenè Tamisier, 65 anos, para o mundo. Por causa dela, a bailarina carioca viajou e conheceu dezenas de países como França, China, Estados Unidos e lugares do Brasil. Mas foi em Florianópolis que resolveu criar raízes.
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Na Capital, abriu uma escola de dança dois anos após se mudar em 2006, em função do trabalho do marido. São duas salas de aula, uma de troca de roupa e uma lojinha que dão forma ao sonho da bailarina do Rio de Janeiro. O local é o único na cidade com certificado da Royal Academy of Dance, uma certificação internacional reconhecida em 85 países.
No espaço, mulheres idosas e adultas e crianças ainda pequenas se transformam em bailarinas. Vestem o traje completo com direito ao coque e sapatilha. Saltam em um pé só, dançam pela sala toda e apoiam as mãos nas barras de ferro para cumprir os exercícios passados pela professora.
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Athenè mostra às alunas os movimentos delicados, em que a mão percorre o ar com leveza e os pés podem alcançar a altura do quadril em determinados momentos. Ela faz questão de atender cada uma delas. Ela cuida com atenção a execução de cada pirueta e exercício.
Athenè mostra às alunas os movimentos delicados, em que a mão percorre o ar com leveza e os pés podem alcançar a altura do quadril em determinados momentos. Ela faz questão de atender cada uma delas. Ela cuida com atenção a execução de cada pirueta e exercício.
Multitarefa, Arhenè dá conta de cuidar das aulas para as 40 alunas que se dividem em turmas nos três turnos do dia. A rotina da professora atarefada tem como base a rua Joe Collaço, na parte em que já é o Córrego Grande. É ali, em sua escola, que passa os dias das 8h às 22h, com pausa para o almoço em casa.
A rotina da professora atarefada se restringe à rua Joe Collaço, na parte em que já é o Córrego Grande. É ali, em sua escola, que passa os dias das 8h às 22h, com pausa para o almoço em casa.
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A família, que é composta pelo marido Serge Tamisier e pelo filho Youry, também construiu raízes no Saco dos Limões, bairro que mais parece um pedaço de interior no meio da cidade grande. Tem a praça como ponto de encontro e mais casas que prédios.
Quando sobra um tempo livre, geralmente aos fins de semana e quando não tem apresentações, aproveita para curtir cantos da Ilha que ficam distantes do ateliê de dança. É o caso da Praia do Forte, no Norte da Ilha, uma de suas favoritas. Gosta da tranquilidade do local escondido entre Daniela e Jurerê Internacional.
A bailarina dedicou a vida à dança e não consegue se ver fazendo outra coisa que não isso. Não consegue nem imaginar o que seria essa outra coisa. Aprendeu a dançar com a mãe, que também ensinava balé.
A Florianópolis de Athenè, que ela não troca por nenhum lugar no Brasil, é o estúdio que abriga e materializa sua paixão pela dança, o Córrego Grande onde o espaço está instalado, o Saco dos Limões onde vive com a família, a praia do Forte que vai para fugir do agito e relaxa, os palcos ou cadeiras do Teatro Álvaro de Carvalho e do Centro Integrado de Cultura (CIC).
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Mais de 7 mil fluminenses vivem em Florianópolis
Athenè faz parte dos 7 mil fluminenses que moravam em Florianópolis quando os recenseadores do Instituto Brasileiiro de Geografia e Estatística (IBGE) bateram às portas dos moradores de Florianópolis atrás de informações para compor o Censo de 2010.
Apesar de já ter prévias do Censo de 2023, o IBGE ainda não diferenciou os dados de quantas pessoas de fora moram aqui atualmente. O que já foi divulgado é que a população cresceu. Conforme dados divulgados até março, são 574.200 mil com DDD 48.
Segundo o dado da Florianópolis de 12 anos atrás, a população de 421.240 habitantes era formada em sua maioria por catarinenses (293.262) e depois por quem veio de outros estados e países para cá. Gaúchos (53.476), paranaenses (22.363), paulistas (19.624), cariocas (7.988) e estrangeiros (4.622).
De lá para cá a cidade cresceu e a estimativa do IBGE é que vivam aqui, atualmente, 574.200 mil pessoas.
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Veja o vídeo “Quantas Florianópolis cabem aqui?”
Floripa 350 anos
A história de Athenè faz parte do projeto Floripa 350 anos, que celebra o aniversário da cidade. De março até dezembro serão contadas histórias sobre a cidade para celebrar a cultura, história e também sobre como Florianópolis cresceu ao longo dos anos.

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