Na ponta dos pés, ainda sem muito equilíbrio pela pouca idade, a americana Emma Sidari descobriu o universo da dança aos três anos. Aos sete, ela se deu conta de que realmente amava aquela brincadeira e, a partir daí, passou a levar a atividade a sério. Hoje, com 11 anos, a bailarina do State Street Ballet, de Chicago, é a primeira intercambista a estudar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

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A caçadora de talentos Eurika Porto foi responsável por selecionar os candidatos e encontrar uma estudante com o perfil do Bolshoi para vivenciar o dia a dia da instituição durante três semanas. Ela já levou três alunos da escola para os Estados Unidos e, agora, teve o desafio de executar o processo contrário.

Passadas duas semanas desde que chegou, Emma se sente mais confiante como bailarina. Ela conta o quanto aprendeu observando as colegas e participando das aulas:

– Cresci muito tecnicamente. Acho que minhas pernas ficaram mais fortes, por causa da quantidade de exercícios executados aqui. Também sinto que ganhei um equilíbrio maior e estou mentalmente mais resistente.

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Sua única dificuldade, ela diz, é o idioma. Por não entender a língua portuguesa, a menina faz apenas aulas práticas. Ainda assim, Emma relata que os amigos e professores ajudam bastante.

Quando preciso, arriscam frases em inglês e ela mesma aprendeu algumas palavras em português. Se nada disso funciona, por meio de mímicas, às gargalhadas, a garotada se entende.

Durante a estadia no Brasil, Emma fica hospedada na Casa do Piauí – um projeto social que abriga, atualmente, cinco crianças do Estado nordestino. O que encontrou de mais diferente entre sua terra natal e o País que a acolheu foi a alimentação. Apesar disso, ela garante que a comida é muito boa. Já o clima joinvilense arranca um sorriso de seu rosto tímido.

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– As pessoas são amigáveis aqui. Achei a cidade bonita, embora chova muito. E nem faz frio no inverno brasileiro – diz a garota acostumada a temperaturas abaixo de zero grau.

De tanto que gostou da experiência, os pais de Emma chegam ao Brasil nesta semana para conhecer o Bolshoi. O futuro da pequena dançarina é incerto, mas a vinda ao País reafirmou ainda mais o sonho de se tornar uma bailarina profissional e dançar por todo o mundo.