A bailarina Amanda Gomes, de 24 anos, recebeu uma boa notícia mesmo que meio ao isolamento causado pelo novo coronavírus em todo o mundo. A jovem de 24 anos, que mudou para Joinville na infância com os pais para estudar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, foi escolhida como melhor bailarina de 2019 no Prêmio de Teatro "Tantana", promovido pelo Ministério da Cultura da República do Tartaristão, região onde vive na Rússia desde 2014.

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Amanda ocupa o posto principal no balé da Ópera de Kazan e, no passado, protagonizou o espetáculo "O Corsário" como Medora, uma jovem capturada para ser vendida como escrava a um rico governante. Por este papel, foi escolhida na categoria melhor atriz de teatro, categoria que, no "país do balé", contempla atrizes e bailarinas.

Este prêmio é concedidos a artistas pela excelência na execução do trabalho artístico dos profissionais do teatro. Em 2018, a brasileira já havia recebido uma menção honrosa pelo trabalho como Julieta no espetáculo "Romeu e Julieta".

Por causa da pandemia, a premiação ocorreu a portas fechadas, sem plateia, e Amanda recebeu a notícia em casa, por meio da transmissão ao vivo, na última sexta-feira (27). As atividades na Ópera de Kazan estão paralisadas há duas semanas, sem ensaios e sem apresentações para evitar contágio do Covid-19 e, no sábado (28), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou quarentena no país.

Primeira bailarina premiada

Amanda Gomes coleciona premiações importantes, apesar da pouca idade. Elas começaram quando a bailarina tinha 15 anos e foi escolhida como revelação no International Ballet Competition, nos Estados Unidos, enquanto ainda era aluna da Escola Bolshoi em Joinville.

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Desde que mudou-se para a Rússia, há seis anos, ela conquistou premiações ainda mais importantes. Recebeu a medalha de ouro no 26º Varna International Ballet Competition, na Bulgária, a mais antiga e uma das mais importantes competições de balé clássico do mundo; venceu, ao lado do catarinense Wagner Carvalho, o concurso "Big Ballet", exibido nacionalmente pela TV na Rússia, e foi indicada ao "Oscar" da dança, o Prêmio Benois de La Danse, por sua performance como protagonista do balé “Esmeralda”.

A história dela foi exibida no especial "A Dança da Vida", produzido para celebrar o aniversário de 20 anos da instalação da Escola Bolshoi no Brasil. Ele foi ao ar em 14 de março, na NSC TV.