A Vigilância Epidemiológica da Bahia confirmou nesta quarta-feira (25) o sexto caso de botulismo no Estado, desde janeiro de 2024. Duas pessoas morreram, três ainda estão hospitalizadas e apenas um paciente teve alta. Elas são dos municípios de Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Cícero Dantas. Segundo informações da Agência Brasil, a principal suspeita é de que a infecção ocorreu por meio da ingestão de mortadela de frango contaminada.
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Em 2023, foram registrados dois casos de botulismo no estado baiano, ambos em Feira de Santana.
A coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Eleuzina Falcão, afirmou que por se tratar de uma doença grave, um caso já seria considerado surto. Ela pede que a população fique atenta aos sintomas, especialmente a uma eventual paralisia muscular repentina.
“É fundamental também redobrar o cuidado com alimentos e bebidas. Verificar prazo de validade, selo de qualidade, lata estufada, vidros embaçados”, alerta a coordenadora.
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O que é botulismo
De acordo com o Ministério da Saúde, o botulismo é uma doença neuroparalítica grave, rara, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum (C botulinum). O agente infeccioso entra no organismo por meio de ferimentos ou pela ingestão de alimentos contaminados que não têm produção e/ou conservação adequada.
O botulismo alimentar ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados.
A notificação da doença é compulsória e imediata (em até 24 horas) para que as ações de vigilância sejam realizadas em tempo de prevenir outros casos. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.
O período de incubação (entre o consumo e o início dos sinais e sintomas) pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas. Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.
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*Com informações da Agência Brasil e Ministério da Saúde
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