Os 121 milímetros de água que caíram sobre Bagé, na Campanha, nas últimas 24 horas, colocaram o município no pódio mundial das chuvas nesta quinta-feira. A cidade foi a mais chuvosa do Brasil, e registrou o terceiro maior acumulado de chuva do mundo para esta data, de acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial.

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O município gaúcho ficou atrás apenas de um acumulado de 173 milímetros nas Ilhas Salomão – em um arquipélago próximo a Papua Nova-Guiné – e dos 163 milímetros registrados no Sri Lanka.

Na prática, significa dizer que cada metro quadrado de Bagé foi lavado por, pelo menos, 121 litros de água. O número é o maior desde 2001, quando, em 1º de junho, choveu 145 milímetros.

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Apesar do acumulado impressionante, no entanto, a chuva não acarretou grandes prejuízos. Segundo a Defesa Civil, foram registrados poucos pontos de alagamento e, até o começo da tarde, apenas uma ocorrência de residência invadida pela água foi atendida pelo Corpo de Bombeiros do município.

O alto volume de chuva foi provocado por uma frente fria vinda do Uruguai – Tucarembó foi a quarta no ranking das chuvas, com 117 milímetros – e da Argentina, que atraiu ventos da região amazônica.

– Quando esses ventos úmidos encontram com mais umidade, ocorrem os temporais – explica a meteorologista Olívia Nunes, da Somar.

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A chuva de Bagé nas últimas 24 horas correspondeu a 92% da média de outubro, 130,7 milímetros. Até a tarde desta quinta-feira, o acumulado já soma 273,5 milímetros, o maior em 12 anos: em outubro de 2002, Bagé registrou 293,1 milímetros no mesmo mês.

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Com o deslocamento da frente fria em direção ao sudeste, a chuva deve arrefecer nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste nos próximos dias, se intensificando no norte do Estado.

– Deve chover até domingo (no RS), mas com menos intensidade – projeta a meteorologista.

*ZERO HORA