O avião presidencial, usado para viagens de Nicolás Maduro, foi apreendido pelos Estados Unidos nesta segunda-feira (2), segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A apreensão teria ocorrido por conta da violação das sanções que foram impostas pelo país contra o governo venezuelano.
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A aeronave ainda teria sido comprada de forma ilegal, com o uso de uma empresa fantasma, e contrabandeada para fora dos Estados Unidos, apontam autoridades americanas.
“Esta manhã, o Departamento de Justiça apreendeu uma aeronave que, alegamos, foi ilegalmente comprada por US$ 13 milhões por meio de uma empresa fantasma e contrabandeada para fora dos Estados Unidos para uso de Nicolás Maduro e seus comparsas”, afirmou o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado.
O avião é do modelo Dassault Falcon 900 EX, produzido para o mercado corporativo. Entre o histórico de viagens estão São Vicente e Granadinas, Cuba e Brasil, sendo que em alguma delas Maduro estava a bordo.
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A medida acontece durante um cenário de pressão internacional sobre o presidente e as autoridades do país após as eleições presidenciais deste ano. Maduro teve a vitória declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelo Tribunal Supremo de Justiça. Contudo, as atas eleitorais ainda não foram apresentadas.
A apreensão do avião ocorreu em colaboração com a República Dominicana. O registro da aeronave tem o prefixo T7, que é usado na identificação da República de San Marino.
A aeronave foi levada pelas autoridades americanas para Fort Lauderdale, na Flórida, depois de ser apreendida na República Dominicana, segundo o Departamento de Justiça dos EUA.
Ordens e controles em negócios com o governo Maduro
Uma Ordem Executiva emitida pelo então presidente Donald Trump proíbe que cidadãos americanos se envolvam ou façam transações com pessoas que tenham agido, ou se supõem terem agido, direta ou indiretamente em nome do governo da Venezuela.
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Há ainda controles de exportação para itens que tenham como destino final usuários militares ou de inteligência militar venezuelanos.
— A apreensão desta aeronave é mais uma ação significativa da Homeland Security Investigations, trabalhando com nossos parceiros nacionais e internacionais contra as atividades ilegais do regime de Maduro — declarou o agente especial Anthony Salisbury, da Homeland Security Investigations (HSI) de Miami.
O governo venezuelano não se manifestou sobre o ocorrido até a última atualização desta reportagem.
O resultado das eleições venezuelanas tem sido questionado pelos Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da OEA (Organização dos Estados Americanos), que rejeitaram a decisão de respaldar a vitória de Nicolás Maduro.
A vitória foi reconhecida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, mais alta corte do país. Contudo, a contagem de votos também não foi apresentada pela instituição, um pedido que tem sido feito pela oposição e pela comunidade internacional.
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