O foco das buscas pelo avião da Malaysia Airlines, que desapareceu no dia 8 de março no trajeto Kuala Lumpur-Pequim se concentrava nesta sexta-feira em porções do Oceano Índico.

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A empresa de telecomunicações via satélite Inmarsat confirmou ter recebido “sinais vitais” do avião perdido que, combinadas com informações de radares militares, sugerem possíveis trajetos da aeronave com 239 pessoas a bordo.

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Análises de inteligência dos Estados Unidos – que trabalham com oficiais malaios – levantam como hipótese mais provável que o voo 370 tenha caído no golfo de Bengala.

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Ontem, o vice-presidente da companhia de comunicação por satélite Inmarsat, David Coiley, afirmou que sinais foram enviados pelo sistema da companhia até cinco horas depois de os controladores de voo perderem contato por radar na madrugada de sábado passado (tarde de sexta-feira no Brasil).

A Marinha americana deslocou ontem um de seus navios e um avião de reconhecimento que participam da busca ao avião do Golfo da Tailândia para o Oceano Índico.

Além dos sinais vitais captados por satélite, radares militares teriam apontado o Boeing 777-200 fazendo mudanças significativas de altitude e seguindo pontos de navegação específicos e que levariam o avião às ilhas de Andamã – os dados de radar não mostrariam o avião sobrevoando o arquipélago, apenas se dirigindo a ele por uma rota de navegação conhecida (veja no mapa ao lado). A partir dessa hipótese, fontes anônimas citadas pela agência Reuters passaram a considerar a hipótese de o avião ter sido alvo de pirataria e aterrissado.

Governo malaio não comentou as informações

O desaparecimento provoca perplexidade entre especialistas e governos. Diversas hipóteses, mais ou menos razoáveis, foram citadas na última semana, de uma explosão a bordo até um sequestro, passando por problemas técnicos, um ataque com míssil e até o suicídio do piloto. A aeronave é considerada uma das mais seguras do mundo.

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A Malásia não quis comentar as informações americanas de que a aeronave voou por horas.

– Não queremos ser arrastados para declarações específicas que autoridades não identificadas supostamente deram aos meios de comunicação – disse o ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein.