A Prefeitura de Florianópolis vai implantar ciclovia no canteiro central da Avenida Mauro Ramos, no Centro. A obra a ser conduzida pela Secretaria de Infraestrutura tende a estimular o uso da bicicleta como meio de transporte na cidade e está alinhada às tendências mundiais de mobilidade urbana. No momento, o processo de licitação para contratação da empresa que vai executar os serviços encontra-se suspenso temporariamente para atualização de planilhas. O investimento previsto é da ordem de R$ 6,1 milhões.

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A ciclovia será construída nos mesmos moldes da existente na Avenida Madre Benvenuta, no Santa Mônica. “A ideia é incentivar este modal de transporte, ligando a Via Expressa Sul até a Beira-Mar Norte”, destaca a Secretaria de Infraestrutura.

A ciclovia da Mauro Ramos vai se estender por toda a via, que tem 2,3 quilômetros de extensão e liga a Prainha à Beira-Mar Norte. No mais, a Avenida Mauro Ramos, a única que perpassa a região central de Florianópolis pela sua parte interna (a Avenida Beira-Mar Norte ladeia o mar), continuará com as duas pistas, cada uma com duas faixas, em sentidos contrários.

Alinhamento às tendências mundiais

Com o crescimento populacional e o consequente aumento do número de carros por habitantes não adianta mais pensar em mobilidade urbana sem levar em consideração a necessidade de investimentos em meios alternativos de transporte. Além disso, o uso de bicicletas, patinetes e até mesmo das caminhadas são formas de locomoção sustentáveis, pois não prejudicam o meio ambiente.

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O aumento da demanda de veículos sustentáveis como bicicletas, patinetes e scooters já vem sendo percebido em alguns países. Na China, por exemplo, somente no ano de 2020, cerca de 700 milhões de viagens por dia foram feitas em e-bikes e em e-scooters, de acordo com a consultoria WGSN.

O Brasil também registrou um aumento médio de 34% nas vendas das bicicletas no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas).

Investir na malha cicloviária de Florianópolis é prioridade

Recentemente a Prefeitura de Florianópolis ampliou a malha cicloviária do município, que atualmente é de 181,70 km. A Via Expressa Sul, que é a Rodovia Governador Aderbal Ramos da Silva (SC-401), de 5,2 quilômetros de extensão, que fica, especificamente, entre o túnel Antonieta de Barros e o trevo da Seta, ganhou a implantação de ciclovia bidirecional (com duas faixas em sentidos contrários).

Dos 181,70 km de malha cicloviária de Florianópolis já existentes, mais de 100 km foram foram executados nos últimos 5 anos. Esse total é dividido entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e passeios compartilhados. Segundo o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, que trata da Sinalização Cicloviária, do Denatran/Minfra, há diferenças entre esses três tipos destinados ao uso de bicicletas.

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As ciclorrotas foram as que mais tiveram acréscimo em Florianópolis nos últimos 5 anos. No total, foram inaugurados 53,38 Km de ciclorrota na cidade. Elas são vias sinalizadas que compõem o sistema ciclável da cidade, de forma a interligar pontos de interesse, ciclovias e ciclofaixas. Trata-se de uma solução de compartilhamento das ruas entre veículos motorizados e bicicletas, melhorando as condições de segurança na circulação.

Já a ciclofaixa, no Manual do Denatran, é definida como “parte da pista, calçada ou canteiro central destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização viária, podendo ter piso diferenciado e ser implantada no mesmo nível da pista de rolamento, ou da calçada ou do canteiro.” Em Florianópolis, temos 36,02 km de ciclofaixa adicionados nos últimos 5 anos.

Além disso, durante o período, a capital catarinense ganhou 15,72 Km de ciclovia, que é uma pista própria destinada à circulação de bicicletas, mas separada fisicamente das pistas onde circula o tráfego motorizado. Esse espaço geralmente é separado por um elemento físico, como meio-fio, grade, canteiro, área verde e outros previstos na legislação. Também são ciclovias as pistas cicláveis construídas em espaços isolados com áreas não edificáveis, faixas de domínio, parques e outros logradouros públicos.

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