“Avançamos demais nas flexibilizações, tenho que dizer isso com muita tristeza”, apontou a pesquisadora Josimari Telino de Lacerda, em entrevista ao Notícia na Manhã, da CBN Diário, neste sábado. Ela faz parte do grupo de pesquisadores que questiona a matriz utilizada pela Secretária do Estado da Saúde para definir o mapa de risco do novo coronavírus, atualizado na sexta-feira.
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– Alguns indicadores estão incorretos. A taxa de tranamissão, por exemplo, está como evento sentinela, o óbito também. O evento sentinela é o sinal de aleeta de que tomo a decisão para que as pessoas não adoençam mais e não morra. Óbito já é um desfecho insatisfatório, revela um evento que aconteceu três, quatro meses atrás. Essas são as nossas preocupações e são ajustes fáceis com os dados que tem. A gente não está querendo o embate, a gente quer colaborar porque o nosso papel enquanto universidade é de gerar conhecimento, divulgar e ofertar para o bom uso da sociedade – apontou Josimari, que é professora departamento de saúde pública da UFSC, sanitarista com doutorado na faculdade de Medicina da USP e atua em pesquisa na área de planejamento gestão e avaliação.
A gente já sabe que entre a contaminação e o caso para estar lá no registro leva de 20 a 30 dias
Outro ponto apontado pelo grupo de pesquisadores sobre a matriz de risco é de que ela não trata com fidelidade o momento, segundo Josimari.
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– O que foi divulgado até o momento não detalha muito a matriz assumida. O que nos permite indicar que o resultado que está dentro da matriz não expressa de forma adequada as informações sobre o risco do contágio e da transmissão para a tomada de decisão dos gestores. Observamos com o que temos disponível para analisar avanços nas dimensões que foram utilizadas.
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