Nesta semana avançaram as tratativas para a criação de um novo corredor rodoviário de Santa Catarina com o Mercosul. No início da semana o secretário de articulação nacional, Acélio Casagrande, esteve reunido com o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT), que autorizou o superintendente do órgão em Santa Catarina, Vicelar Pretto, a fazer testes de carga na ponte sobre o rio Peperi-Guaçu, em Paraíso, na fronteira com a Argentina.

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Na quinta-feira houve uma reunião com prefeitos do Brasil, Argentina e Paraguai, em Bernardo de Irigoyen, onde foi tratado sobre a criação de um corredor do milho, que traria milho dos vizinhos para Santa Catarina, via ponte do Rio Peperi. Houve a assinatura de uma carta de intenções entre autoridades dos três países para viabilizar essa rota, que diminuiria pela metade a distância para abastecer as agroindústrias catarinenses, em relação ao Mato Grosso. Santa Catarina produz cerca de três milhões de toneladas, metade do consumo do estado.

Ponte existe desde 1994

A ponte que existe na fronteira entre Santa Catarina e a Argentina, ligando Paraíso a San Pedro, existe desde 1994 e foi construída por empresários com apoio das prefeituras e doações. De acordo com o presidente da comissão binacional Brasil-Argentina, o empresário Darci Zanotelli, a ponte tem capacidade para passagem de caminhões pois já foram feitos testes com seis caminhões carregados com 23 toneladas cada. Ele afirma que um novo teste pode ser feito em parceria com o governo argentino, que tem equipamentos necessários para isso. Uma licitação custaria pelo menos R$ 300 mil, segundo o empresário, que é do ramo de transportes.

Aduana

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Além de fazer os testes seria necessário colocar no local funcionários da polícia federal, para fazer a imigração, e da receita federal, para dar a entrada das cargas. Segundo Zanotelli no momento esse ponto da fronteira está abandonado, permitindo acesso de cargas clandestinas. Pela ponte do rio Peperi-Guaçu a distância entre São Miguel do Oeste e Posadas, capital da província de Misiones, diminui em 130 quilômetros.