Avaí e Figueirense medem força mais uma vez na história do tradicional clássico. Neste sábado (4), os rivais se enfrentam pela 5ª rodada do Campeonato Catarinense em um jogo que pode dizer muito sobre o trabalho dos treinadores. A bola rola a partir das 16h30min, na Ressacada, em Florianópolis, e você confere na tela da NSC TV. Empurrado pela torcida azurra na Ressacada, Alex de Souza busca a afirmação do primeiro trabalho como técnico profissional, enquanto Cristóvão Borges tem a experiência ao favor.
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Os comentaristas da NSC, Chico Lins e Jéssica Cescon projetam o que podemos esperar do clássico, em cima do que viram até aqui dos dois treinadores. Chico avalia o trabalho de Alex no Avaí e Jéssica fala sobre Cristóvão no Figueira. Confira a seguir:
O verdadeiro batismo de Alex de Souza
Alex de Souza terá o verdadeiro batismo de fogo na curta carreira como treinador de futebol neste sábado, dia 4. O jogo contra o Figueirense, o maior clássico de Santa Catarina, não será decisivo para o Avaí no campeonato, mas como sempre acontece nesse tipo de confronto, o resultado pode mostrar um caminho a seguir ou deixar dúvidas e incertezas.
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Alex conseguiu dar uma boa organização tática para o time nos primeiros jogos do ano, mas os resultados e o rendimento estiveram abaixo do esperado por causa da falta de intensidade e de erros técnicos. O técnico avaiano não abre mão do seu conceito de futebol, de dominar o jogo através da posse de bola, mas terá que trocar algumas peças, ou ajustar o posicionamento, para o sistema dar os resultados esperados pelo torcedor avaiano.

Independente do modelo de jogo adotado por um técnico, o time precisa competir com intensidade. Se for defender no próprio campo ou marcar a saída de bola do adversário, é necessário atuar com energia e vigor. Em entrevista ao Debate Diário de terça-feira (31 de janeiro), na rádio CBN Floripa, Alex disse que o futebol de hoje é bem diferente dos tempos de jogador. Hoje o jogo se desenvolve em 30 ou 40 metros, e as linhas têm que estar muito próximas. É a tal compactação, termo muito utilizado pelos analistas de futebol.
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Claro que a qualidade técnica é importante, e ela aparece ainda mais quando o time está organizado. Até agora – e Alex falou sobre isso – o Avaí não demonstrou superioridade técnica sobre os adversários. A régua pode ser até ser baixa no Campeonato Catarinense, e por isso mesmo o time do Avaí deveria se impor mais neste quesito.
O jogo deste sábado na Ressacada será um duelo interessante entre Alex de Souza e Cristóvão Borges. Dois ex-jogadores de qualidade, que tratavam bem a bola, e que hoje buscam colocar em prática um futebol competitivo, organizado e de boa qualidade nos respectivos times.
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Teste de verdade para a estratégia de Cristóvão
O Figueirense decidiu mudar a estratégia para alcançar os objetivos em 2023. Se no ano passado a vaga na Série B do Brasileiro ficou por um triz de ser alcançada e o time não esteve na final do Estadual, neste o clube decidiu repensar o grupo e o treinador.
Cristóvão Borges chegou como uma aposta de menor risco, trazendo uma boa bagagem, conhecimento atualizado de futebol e tranquilidade diante da pressão. Com o clube financeiramente instável para investir em jogadores, a responsabilidade do treinador se torna ainda maior, afinal a expectativa da torcida se concentra mais nele do que em qualquer jogador em campo – e é preciso bastante experiência para absorver isso.
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Tendo como principais recursos do elenco a imposição física e a velocidade, o treinador alvinegro tenta implementar no Figueirense uma identidade agressiva de marcação. É a maneira mais lógica de equilibrar o jogo contra equipes com maior poder técnico que a dele – como fez com a Chapecoense e como pode fazer contra o Avaí, por exemplo.

Assim, sobe a marcação, diminui o tempo de raciocínio do adversário e evita que ele coloque em prática um jogo de soberania técnica. É uma estratégia perspicaz quando bem executada, porque o time recupera a posse da bola no campo do adversário, próximo do gol, pulando a etapa da construção e minimizando a possibilidade de erro.
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Esse perfil de jogo começa a moldar uma identidade de futebol do Figueirense de 2023. É promissor, mas ainda é muito pouco tempo para saber se isso se sustenta ou não. Ou ainda, se esse time é capaz de manter um padrão de desempenho regular, principalmente em ambiente adverso, como será o Clássico da Capital: na casa do adversário, contra um treinador também estratégico, contra uma equipe mais cerebral.
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Todo treino depende do comportamento humano na prática para se realizar. Isso é personalidade em campo, e no Figueirense ela ainda não está formada. Na verdade, penso que são justamente jogos como o clássico que vão apontar qual é a consistência do material humano e da estratégia de jogo que Cristóvão tem nas mãos.
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