O jogo entre Figueirense e Avaí, pelo Catarinense 2020, ficou parado por alguns minutos no Orlando Scarpelli, na tarde deste domingo (2). Pelas sociais, dois torcedores alvinegros quebraram o acrílico ao redor do gramado e invadiram o campo na direção do banco de reservas do Leão. A Polícia Militar entrou em campo.

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O goleiro Gledson impediu que o torcedor cometesse alguma agressão aos companheiros. Imobilizado, em frente ao banco do Avaí, ele acabou sendo chutado pelo meio-campista Bruno Silva (clique aqui e veja em detalhes o exato momento da agressão). A agressão do meio-campista avaiano, destinada ao torcedor, atingiu também o goleiro.

— Joguei ele (o torcedor) no campo. Imobilizei ele, até para não haver agressão. No tumulto, acabei tomando um soco. Mas o mais importante foi a vitória — explicou Gledson à CBN Diário, na saída de campo.

Bruno Silva disse que não provocou torcedores das sociais do Scarpelli quando estava deixando o campo, substituído, mas admitiu ter respondido a provocações:

— Ele estava me xingando. Não provoquei ninguém. Respeito muito o Figueirense. O futebol está muito chato, não se pode falar nada, é muito mimimi — afirmou, sem citar a agressão ao torcedor em que acabou atingindo o próprio companheiro.

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Bruno, enquanto saía, fez sinais com as mãos, indicando 2 a 0 e com os polegares para cima.

(Foto: Diorgenes Pandini)

Em seguida, o clima esquentou na arquibancada alvinegra. Policiais entraram em campo para proteger atletas e houve brigas entre torcedores do Furacão. Mais um acrílico foi quebrado, em outro ponto, e os atletas do Avaí se agruparam próximo da saída para os vestiários.

O jogo ficou paralisado por 20 minutos, até que a Polícia Militar garantisse ao árbitro Bráulio Machado que havia condições de segurança para a retomada do clássico.

PM usou gás para evitar mais problemas
PM usou gás para evitar mais problemas (Foto: Diórgenes Pandini)

O presidente do Figueirense, Chiquinho de Assis, afirmou que o clube vai identificar pelas imagens e banir torcedores envolvidos na confusão. Sobre o prejuízo, disse que já teve um gasto de R$ 22 mil na semana passada em trocas de acrílicos que já estavam trincados, em parceria com uma empresa. Agora, mais uma despesa.

— Se for do quadro associativo, minha posição é pela expulsão sumária — afirmou.

Chiquinho de Assis também criticou a postura de Bruno Silva.

— Esse número oito do Avaí veio com a intenção de tumultuar desde o início. Acabou conseguindo. Depois da confusão, não havia mais clima para jogar futebol. Atitudes como a que esse jogador teve não podemos tolerar.

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A PM informou que dois torcedores foram detidos e assinaram um termo circunstanciado, dentro do próprio Estádio Orlando Scarpelli, depois do jogo. Após, foram liberados.