A vitória do Avaí sobre o Tupi é uma gordura bem vinda na dieta avaiana rumo a à presença definitiva no G-4 da Série B do Brasileiro. O Leão tem pela frente dois desafios complicados, fora de casa, Vila Nova e Vasco, e precisava dos pontos para ter um pouco de tranquilidade na insana disputa por vagas mirando a elite.
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Manter o grande desempenho em casa era fundamental. Na Ressacada, o retrospecto do Avaí como mandante é, com o duelo de hoje, de 12 vitórias, dois empates e apenas duas derrotas.
Para o duelo, o técnico Claudinei Oliveira finalmente restabeleceu a o seu sistema defensivo de confiança, com Alemão e Capa nas alas e Fábio Sanches e Betão na zaga. Também no meio a presença e consistência de João Filipe, mais a regência de Marquinhos estavam à disposição.
Restava ver se o ataque daria seu recado, ainda sem Lucas Coelho e com a opção do garoto Vitor ao lado de Rômulo. No primeiro tempo, a retranca do Tupi segurou os atacantes avaianos, mas não conteve as alas.
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De um lado, Rômulo incomodou bastante, de outro o melhor jogador avaiano da etapa: Capa. O ala fazia a diferença pela esquerda e, numa de suas estocadas, aos 32 minutos, investiu num cruzamento, que teve o desvio de Bruno Costa, garantindo o gol da vitória.
Apesar do gol, que diminuiu a pressão sobre os atletas, foi uma primeira etapa confusa do Avaí.
O Tupi entrou com seis jogadores congestionando o meio. Marquinhos, avançado, não conseguia participar da armação. Restava sua contribuição na bola parada, sempre eficiente.
Houve poucas chances de gol para o Leão, que até correu alguns riscos, principalmente com o perigoso Jonathan. Alemão não fazia uma boa partida e era envolvido no seu setor.
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O goleiro Renan precisou fazer pelo menos três defesas difíceis para para garantir um primeiro tempo em vantagem.
Segundo tempo
Já na segunda etapa o nervosismo aumentou. O Tupi partiu para o tudo ou nada. Criou chances importantes, todas salvas pelo excelente Renan. Junto com Capa, o goleiro foi o atleta mais importante do Leão.
O Avaí lançou Judson na vaga de João Felipe. A ideia era reter mais a bola, já que o volume de jogo era do Tupi. Mas o meio-campo não reagiu. A substituição foi polêmica, já que o meia tinha participação mais destacada do que Renato. Este, fez partida apagada.
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O técnico Claudinei Oliveira, após a partida, justificou:
— O João Felipe provavelmente não aguentaria os 90 minutos, então não poderia arriscar.
A partida seguiu tensa até o final, já com Diego Jardel em campo, que entrou na vaga de Vitor. Este não fez boa dupla com Romulo. Aliás, Romulo teve movimentação razoável no primeiro tempo, mas na segunda etapa sumiu da partida.
De positivo, a excelente atuação da dupla de zaga, com Betão e Fábio Sanches soberanos.
Toda a segunda etapa foi confusa. O Tupi até chegando ao ataque, mas com conclusões a gol absolutamente sem qualidade.
E o Avaí, que perdera Alemão por lesão, sem poder contar com Romulo (desligado da partida) e Marquinhos, que sentiu a parte física, sem conseguir ampliar o placar.
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Ficha técnica
Avaí 1
Renan; Alemão (Luis Gustavo), Fábio Sanches, Betão e Capa; Luan, João Filipe (Judson), Renato e Marquinhos; Romulo e Vitor (Diego Jardel). Técnico Claudinei Oliveira.
Tupi 0
Rafael Santos; Henrique, Gabriel Santos, Bruno Costa, Luiz Paulo; Renan, Marcos, Marcel (Vinicius), Pedrinho (Hiroshi) e Jonathan (Ygor); Giancarlo. Técnico: Ricardinho.
Arbitragem: Vinícius Furlan (SP) apita a partida, auxiliado por Daniel Paulo Ziolli (SP) e Gustavo Rodrigues de Oliveira (SP)
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Público: 9.145
Local: Ressacada, Florianópolis (SC)