Clássico da Capital é emoção a flor da pele. Na partida Figueirense x Avaí no Orlando Scarpelli, neste domingo, passou do ponto. Com a vitória do Leão da Ilha encaminhada e o placar em 2 a 0, torcedores do Figueira invadiram o campo em direção ao banco de reservas azurra depois de discussão com o volante Bruno Silva. Sobrou inclusive para o goleiro Gledson, que foi agredido (veja neste link em detalhes o exato momento da agressão). Houve briga entre torcedores do próprio Furacão e depredação do estádio.
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O golaço de Pedro Castro, em chute de fora, o gol anotado por Jonathan, e todos os 85 minutos de bola rolando foram manchados pelo episódio. Tirada toda a confusão que obrigou que policiais tomasse o gramado, o resultado final deixa Figueirense e Avaí empatados na tabela do Catarinense 2020, com sete pontos cada.

Pela quinta rodada do Catarinense 2020, Figueirense e Avaí jogam às 16h de domingo. O Leão da Ilha recebe o Criciúma na Ressacada, enquanto o Alvinegro vai estar em Concórdia para enfrentar os donos do Domingos Lima. Antes, porém, o Figueira joga pela Copa do Brasil. Na quinta-feira, às 16h30min, enfrenta o Novorizontino no estádio Jorge ismael de Biasi, em Novo Horizonte (SP).
O jogo
Clima quente. Diego Gonçalves vai para cima da marcação para entrar na área e é barrado com falta por Betão. Com seis minutos decorridos, estava formado o primeiro bolinho de jogadores no clássico. Dois minutos, Guilherme chegou forte demais em Capa na disputa de bola e foi formado outro bolo, Bruno Silva empurrando a cabeça de Pereira com as duas mãos na confusão. O jogo ficou quase três minutos parados e três jogadores foram amarelados ao todo.
O Figueirense passou os 10 primeiros minutos com a bola no pé. Os seguintes foram do Avaí, que foi um pouco melhor. O bastante para poder desequilibrar também o placar. No entanto Valdívia e Rildo mandaram longe as duas oportunidades que tiveram. Na sequência. Aos 20, o Leão da Ilha botou na rede. Mas não valeu. Jonathan estava adiantado em relação ao zagueiro quando veio o cruzamento veio da esquerda. Impedimento – bem – marcado. Aos 26, Valdívia mandou bala na falta na frente da área e botou Sidão para trabalhar. Ia no canto direito do goleiro, que saltou com firmeza para espantar. O gol maturou.
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Três minutos depois, o goleiro não conseguiu evitar o chutaço de Pedro Castro. Ele recebeu no meio de campo, deu toques em direção da área e, sem marcação, mandou uma pedrada de chapa da intermediária. Foi fora do alcance de Sidão. Foi o gol que fez balançar o lado azul do Scarpelli (ouça o gol). Lance que obrigou o Figueira jogar. Mudou a postura alvinegra, mas o ataque não funcionava.
Aos 32 anos, Nicholas tentou de maneira semelhante a Pedro Castro. Bem colocado, Lucas Frigeri conseguiu defender em dois tempos. A bola ficou pelos pés alvinegros, enquanto o Avaí conseguia não sofrer perigo com a marcação que impedia o progresso rival até as proximidades da área azurra. Quando o Figueira chegou, Betão estava sobre a linha para evitar. Em bola levantada, Diego Gonçalves apareceu no segundo pau e a cabeçada passou por Frigeri, aos 42. Mas o zagueiro estava no lugar certo para, também de cabeça, evitar.
Do intervalo o Figueirense voltou com mudança. Pedro Lucas apareceu na vaga de Nicholas. Era a tentativa de ter um homem de referência no trio de zaga do Avaí, já que Vitor Feijão não rendia centralizado. A equipe melhorou e botou Frigeri para trabalhar. Aos 4, Brunetti cruzou fechado e o goleiro teve de se chocar com a trave para evitar que fosse traído. Aos 8, Vitor Feijão bateu travado na entrada da área e ele apareceu outra vez para defender.
Mais quatro minutos, Diego Gonçalves fez jogada para esquerda e antes de entrar na área foi derrubado por Betão. Houve outro bolinho de jogadores, agora ao redor do árbitro, para discutir se houve falta e não teria sido dentro. Lucas bateu a falta rasteira, Feijão desviou e a bola tocou o pé da trave de Frigeri e saiu. O Figueirense marcava presença na frente, mas não conseguia o gol. Aos 19, Diego Gonçalves fez linda jogada na ponta esquerda, com caneta e tudo, foi rente à linha de fundo e cruzou na medida para Vitor Feijão. Ele furou. O Avaí praticamente não conseguia sair de trás. Quando avançava, ia até a intermediária e sofria o desarme.
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Por isso mexeu. O lateral Leonam fez estreia depois de Valdívia ceder lugar. Lourenço também entrou para renovar o fôlego na ala direita. Enquanto o Figueirense buscou ofensividade com Éverton Santos e saída de Guilherme, bem no jogo, porém cansado. O Avaí estava satisfeito com o resultado, praticamente não chegava.
Mas quando chegou, não perdeu a viagem. Leonam bateu escanteio alto e fechado no segundo pau. Zé Marcos cabeceou, Sidão rebateu e Jonathan apareceu para completar o serviço: 2 a 0. O Figueirense foi para a última mexida para tentar mudar o placar. O meia Lucas Henrique entrou na vaga de Patrick.
Instantes depois, aos 40, o jogo parou. Dois torcedores do Figueira invadiram o campo, ao quebrar uma placa de acrílico ao redor de campo, entrando pelas sociais, e foram em direção ao banco de reservas do Avaí. O goleiro Gledson impediu que o torcedor cometesse alguma agressão. Mas o clima esquentou na arquibancada alvinegra. Policiais entraram em campo para proteger atletas e houve brigas entre torcedores do Furacão. Mais um acrílico foi quebrado, em outro ponto, e os atletas do Avaí se agruparam próximo da saída para os vestiários.
O jogo ficou parado por 20 minutos. No que sobrou de tempo para o futebol, o placar não mexeu, já com bem menos torcedores no Orlando Scarpelli.
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Figueirense 0 x 2 Avaí
FIGUEIRENSE
Sidão, Lucas, Pereira, Rony e Brunetti; Arouca, Patrick (Lucas Henrique) e Guilherme (Éverton Santos); Diego Gonçaves, Vitor Feijão e Nicholas (Pedro Lucas). Técnico: Márcio Coelho.
AVAÍ
Lucas Frigeri; Betão, Airton e Zé Marcos; Arnaldo (Lourenço), Pedro Castro, Pedro Castro, Bruno Silva (Wesley), Valdívia (Leonam) e Capa; Rildo e Jonathan. Técnico: Augusto Inácio.
GOLS: Pedro Castro, aos 29 do primeiro tempo, e Jonathan, aos 30 do segundo tempo (A).
CARTÕES AMARELOS: Guilherme, Patrick e Vitor Feijão (F) Airton, Betão, Bruno Silva, Pedro Castro, Jonathan, Valdívia e Zé Marcos (A).
ARBITRAGEM: Bráulio da Silva Machado, auxiliado por Henrique Neu Ribeiro e Johnny Barros de Oliveira.
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BORDERÔ: 12.784 torcedores, para renda de R$ 303.509.
LOCAL: Orlando Scarpelli, em Florianópolis.