Toda vez que o Avaí enfrentar a Chapecoense, na Ressacada, um fantasma rondará o estádio: a lembrança do dia 20 de fevereiro de 2008, quando o Leão poderia vencer o primeiro turno do Catarinense com uma rodada de antecedência, fez dois gols, mas perdeu de virada. A lição foi dura. Porque desde aquela partida, o Avaí tornou-se invencível em seus domínios.
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De acordo com Alexandrino Barreto Neto, autor do livro Avaí Futebol Clube, esta é a maior série invicta do Leão na Ressacada. Desde aquela derrota, foram 36 jogos oficiais, contando a Segunda Divisão e o Campeonato Catarinense.
Além disso, o Avaí não perdeu nos três amistosos realizados na Ressacada: contra Grêmio, Seleção da Jamaica e Dallas, dos Estados Unidos. Esta marca é a maior entre os clubes das séries A e B. Para se ter uma ideia, o Sport não perdia na Ilha do Retiro desde agosto. Nesta Libertadores, foi superado pelo Palmeiras.
O Corinthians também é forte em seus domínios. Após vencer o São Paulo, no Pacaembu, pelas semifinais do Paulista, o Timão chegou a marca de 24 jogos sem perder em casa. A última derrota aconteceu na Série B, diante do Bahia, no dia 19 de julho de 2008. Anteriormente, o recorde era de 23 partidas, em 1993.
Claro que a invencibilidade tem outros fatores, mas aquela partida mexeu com os jogadores azurras. O técnico Sérgio Ramirez foi demitido após a derrota para o Criciúma, no Estádio Heriberto Hülse. Silas, que o substituiu, não sabe o que é perder na frente de seus torcedores.
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– Tenho uma lembrança ruim – definiu o goleiro Eduardo Martini, que acabou indo para o banco de reservas após a derrota em Criciúma.
– Porque se for ver todas as circunstância que envolvia o jogo, eram dimensões muito grande. E a gente conseguiu, em pouco mais de 15 minutos, perder o primeiro turno. E aquilo mexeu com a gente na época. Tenho uma lembrança negativa.
Ainda no Estadual de 2008, o Avaí devolveu a derrota, e em alto estilo. Fez 6 a 0 na Chapecoense. Mas neste ano, um novo revés: 5 a 1 para a Chapecoense, também no Estádio Índio Condá. Dado todo este histórico, não seria importante o Leão eliminar este concorrente fantasmagórico?
Para o meia Marquinhos, não.
– É até repetitivo falar disso. Mas eu, particularmente, não tenho medo de enfrentar a Chapecoense, nem aqui, nem lá. É que ficou muito marcado porque a gente estava com o título na mão e, em 15 minutos, a gente perdeu. É claro que vem a tona por parte da imprensa. A gente vai trabalhar para manter esta invencibilidade, mas, uma hora, a gente vai perder.
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Só que o meia também fez um alerta:
– Não é o momento ideal para uma derrota.