Dois gols, um no começo e outro no final da partida em São Januário, foram os da esperança ao Avaí. O primeiro, de Pedro Castro aos 10 de jogo, deu pinta que seria de triunfo sobre o Vasco. No entanto, os donos da casa cresceram, viraram e fizeram três. Então André Moritz, a última alteração azurra, apareceu para decretar o 3 a 2 que deixou o Leão vivo na Copa do Brasil 2019. Uma vitória simples do time catarinense na Ressacada, no dia 10 de abril, leva aos pênaltis a definição do classificado – não há mais gol qualificado no torneio. Um placar de dois ou mais de vantagem bota o time azul e branco na quarta fase.

Continua depois da publicidade

Enquanto o dia 10 não chega, os times se voltam aos estaduais. Em casa, o Avaí tem pela frente o clássico com o Figueirense, às 16h de domingo, tentando retomar a liderança do Catarinense. No mesmo dia e hora, o Vasco enfrenta a Cabofriense pelo Campeonato Carioca.

O jogo

Parecia que o Vasco não notou que o jogo tinha começado. Talvez atordoado pelas homenagens antes do jogo ao ex-presidente Eurico Miranda, que faleceu dois dias antes, talvez assustado pela agressividade do Avaí, forte na marcação e nas investidas ao ataque. O caminho do Leão era pela esquerda, foram duas tentativas antes da que culminou com a abertura do placar. Elétrico no início do duelo, João Paulo cruzou e Getúlio pulou tudo o que pôde para se antecipar ao goleiro Fernando Miguel. O desvio de cabeça na trave virou tabela para Pedro Castro dominar, bater e comemorar.

Em vantagem fora de casa, o Avaí não se fechou ou abdicou do jogo. Foi para cima e aos 16 minutos o chute de João Paulo quase encerra o contragolpe com o segundo. Desviou na zaga e o goleiro vascaíno só torceu para que a bola passasse ao lado da trave. Cinco minutos depois, outra jogada em velocidade resultou em falta frontal que o mesmo João Paulo bateu queimando a grama e Fernando Miguel defendeu no cantinho. Então o Vasco acordou, foi para frente e tomou conta. Não parou mais de crescer. Começou pelo arremate de Yago Pikachu, aos 26, que Gledson se esticou e a defesa foi da junção do travessão com o poste esquerdo: na trave!

Continua depois da publicidade

Aos 31, Lucas Mineiro arriscou de fora e o goleiro do Leão saltou para mandar para fora. O empate, a esta altura praticamente inevitável, ocorreu três minutos depois. O lateral Danilo Barcelos soltou a bomba em falta de longa distância, a bola desviou e deixou Gledson no meio do caminho. Com o recuo de João Paulo e Getúlio para auxiliar na marcação pelos lados, o Avaí reduziu os danos e neutralizou a disputa e manteve o 1 a 1 o parcial.

O Vasco não se contentava com o resultado e voltou do intervalo com duas mudanças. Entrou Rossi e o meia Bruno César apareceu na vaga do volante Raul. A equipe mandante estava ainda mais adiantada, e só um contragolpe poderia fazer o Leão levar perigo – o que não acontecia. No tiqui-taca da Colina, os cruzmaltinos viraram. Em uma das tantas trocas de passes no entorno da grande área, Danilo Barcelos botou no segundo pau, Rossi se antecipou a Iury e, de cabeça, empurrou a bola pro fundo da rede. O gol deixou o Avaí em estado de letargia.

Tranquilo, os vascaínos esperaram pela oportunidade da ampliação. Saiu aos 26. Batido escanteio, Gledson viu a bola desviar em Galhardo e ir na trave. Ele tentou afastar, mas não achou nada. Galhardo reencontrou a redonda e desta vez a cabeçada foi certeira: 3 a 1. O Avaí que já tinha Lourenço no lugar de Iury passou contar com o meia-atacante Luan Pereira no posto de Ricardo, que atuou como volante. Teria André Moritz no posto de Matheus Barbosa a partir dos 33. Era a cartada de Geninho para tentar reprisar o Leão agressivo do começo da partida. Não repetiu, mas fez bom efeito. Aos 39, João Paulo recebeu no fundo e botou Moritz para bater de primeira. Diminuiu a vantagem do Vasco, e aumentou as esperanças azurras para o jogo de volta.

FICHA TÉCNICA – Vasco 3 x 2 Avaí

VASCO

Fernando Miguel; Raul Cáceres, Werley, Leandro Castan e Danilo Barcelos; Raul (Bruno César), Lucas Mineiro, Thiago Galhardo (Andrey) e Yago Pikachu; Marrony (Rossi) e Maxi López. Técnico: Alberto Valentim.

Continua depois da publicidade

AVAÍ

Gledson; Alex Silva, Marquinhos Silva, Betão e Iury; Ricardo, Pedro Castro e Matheus Barbosa; João Paulo, Daniel Amorim e Getúlio. Técnico: Geninho.

GOLS: Danilo Barcelos, aos 34 do primeiro tempo, Rossi, aos 11 do segundo tempo, e Thiago Galhardo, aos 26 do segundo tempo (V). Pedro Castro, aos 10 do primeiro tempo, e André Moritz,a os 39 do segundo tempo (A).

CARTÕES AMARELOS: Betão e Gledson (A).

ARBITRAGEM: Flávio Rodrigues de Souza, auxiliado por Alex Ang Ribeiro e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa.

BORDERÔ: 13.360 torcedores (total), para uma renda de R$ 288.692.

LOCAL: São Januário, no Rio de Janeiro.