O Avaí emitiu nota com críticas ao uso do VAR no Brasileirão 2019 na tarde desta segunda-feira, dia seguinte à derrota por 1 a 0 para o Ceará, em que o clube manifestou indignação com a arbitragem e ao árbitro de vídeo. O Leão alega que o gol da vitória do Vozão, no domingo, ocorreu em lance com duas faltas contra a equipe catarinense, não assinaladas mesmo após consulta das imagens. No comunicado oficial a equipe azurra afirma estar desamparada, inclusive por parte da Federação Catarinense de Futebol (FCF), também criticada.
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De acordo com a nota do Avaí, duas faltas em atletas do Leão não foram marcadas no lance que resultou no gol do Ceará. “A primeira sobre o goleiro Vladimir, tocado e bloqueado em sua ação de defesa, e sobre o zagueiro Betão, empurrado pelas costas pelo autor do gol. Foi notório o erro do árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique ao validar o gol ouvindo apenas o relato do árbitro de vídeo, sem ao menos ter conferido o lance”, descreveu o clube catarinense.
Na última semana, o presidente Francisco Battistotti esteve na CBF para se manifestar sobre erros contra o Avaí mesmo com o uso do VAR. Na ocasião, o dirigente estava contrariado com o pênalti anotado em favor do CSA (suposto empurrão do lateral Léo no atacante Ricardo Bueno) quando a partida em Maceió estava empatada em 1 a 1 – o Leão perdeu por 3 a 1.
“Quando o presidente Battistotti foi à CBF, recebeu críticas por ter dito que na comissão de arbitragem ‘É tudo balaio de siri’, expressão muito usada pelo manezinhos da Ilha ao citar os iguais (…) Ouviu de membros da comissão de arbitragem da CBF a seguinte expressão: ‘Pau que bate em Chico, também bate em Francisco’. Mas, na prática, o pau que bate em Chico em regra geral não bate em Francisco. É algo que nunca aconteceu verdadeiramente. Desde que o mundo é mundo, a lei é seletiva, assim como os seres humanos que a criaram”, manifestou o Avaí na nota.
O comunicado, na parte final, ainda tem crítica à Federação Catarinense de Futebol. O Avaí alega não haver representatividade do Estado, por meio da entidade, na CBF e demonstra não concordar com a postura da entidade que rege o futebol em Santa Catarina
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“A falta de voz e representatividade da Federação Catarinense de Futebol nos deixa desamparados, entregues a toda sorte. Nos sentimos sós e abandonados por quem deveria nos defender. Não é à toa que os clubes catarinenses estão embaixo, lutando para permanecer em suas divisões, para um estado que até bem pouco tempo tinha quatro representantes na Série A”, criticou o Avaí, também via nota oficial.
Nota do Avaí na íntegra
O Avaí F.C. lamenta mais uma vez vir a público demonstrar sua indignação contra o mau uso do VAR no Campeonato Brasileiro, causando prejuízo severo e irreparável para nossa agremiação dentro da competição.
A ida do presidente Francisco José Battistotti à CBF manifestar a posição de contrariedade do clube diante do fato ocorrido no jogo contra o CSA, quando o clube foi prejudicado com a marcação pelo árbitro do VAR de um pênalti que o árbitro de campo não deu, pouco adiantou para uma reflexão mais apurada em relação aos critérios de uso do VAR.
Qual não foi nossa surpresa e indignação com outro erro na aplicação do protocolo do árbitro de vídeo neste domingo (13/10), no jogo com o Ceará. No mesmo lance que originou o gol adversário, duas faltas flagrantes. A primeira sobre o goleiro Vladimir, tocado e bloqueado em sua ação de defesa, e sobre o zagueiro Betão, empurrado pelas costas pelo autor do gol. Foi notório o erro do árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique ao validar o gol ouvindo apenas o relato do árbitro de vídeo, sem ao menos ter conferido o lance.
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Quando o presidente Battistotti foi à CBF, recebeu críticas por ter dito que na comissão de arbitragem ‘É tudo balaio de siri’, expressão muito usada pelo manezinhos da Ilha ao citar os iguais.
Não temos mais a quem recorrer. Afinal, para lances semelhantes como o pênalti em Maceió, o pênalti não marcado no jogo Palmeiras x Atlético e agora este gol validado para o Ceará, interpretações diferentes.
Ouviu de membros da comissão de arbitragem da CBF a seguinte expressão: “Pau que bate em Chico, também bate em Francisco”. Mas, na prática, o pau que bate em Chico em regra geral não bate em Francisco. É algo que nunca aconteceu verdadeiramente. Desde que o mundo é mundo, a lei é seletiva, assim como os seres humanos que a criaram.
Estamos entregues à própria sorte nesta loteria da arbitragem brasileira e da falta de critério do uso da tecnologia, implantada com o apoio também do Avaí, mas que está sendo muito mal usada em todos os sentidos, gerando todas estas dúvidas, manifestações desencontradas e lamentações de toda ordem, colocando em risco a credibilidade da competição. Repudiamos e lamentamos os fatos.
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Queremos uma universalidade nas análise do VAR, seja onde estiver o VAR, ou seja, não poderemos ter dois pesos e duas medidas. Ou são dois pesos ou duas medidas.
A falta de voz e representatividade da Federação Catarinense de Futebol nos deixa desamparados, entregues a toda sorte. Nos sentimos sós e abandonados por quem deveria nos defender. Não é à toa que os clubes catarinenses estão embaixo, lutando para permanecer em suas divisões, para um estado que até bem pouco tempo tinha quatro representantes na Série A.