Torcedores de Avaí e Criciúma comungam de um desejo a mais que o de ver o time vencedor do confronto da semifinal do Catarinense 2019, às 16h de domingo. Ambos sentem saudades de comemorar um título estadual. Ainda que os clubes estejam entre os ganhadores desde a década passada, já faz um tempo que o caneco não erguido por um capitão azurra ou tricolor.

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A última conquista do Leão foi em 2012. No ano posterior, foi o Tigre o campeão catarinense. Na Ressacada, as equipes disputam a chance de estarem mais próximos do término do jejum. Para isso, as duas equipes contam com comandantes experientes.

O Avaí tem o treinador mais velho da competição, de 70 anos. Geninho experimentou de quase tudo na carreira. Na galeria particular estão a Série A do Campeonato Brasileiro de 2001, pelo Athletico-PR e quatro títulos em estaduais pelo Brasil. No segundo Catarinense na batuta do Leão tem a chance de alcançar uma conquista que falta, a do futebol de Santa Catarina. Com mais de 50 anos de dedicação à modalidade, entre a época de goleiro e de comandante, sabe como motivar o grupo de melhor campanha da primeira fase.

— Temos a chance de fazer uma final, e não adianta de nada o que fizemos no campeonato. Quando chega a este ponto, não há favoritismo. No futebol, nem sempre o melhor vence. Neste momento, os resultados negativos e positivos têm de ser eliminado, é outro jogo, outra equipe e outro momento. Tem que viver aquele jogo. É mata, ou você vai ou você fica. Se entrar dividido, você entra dando chance ao adversário. O Gilson (Kleina) vai trabalhar de maneira semelhante a cabeça dos atletas dele – apontou Eugênio Machado Souto.

Ainda que não tenha tanta experiência que o adversário, o técnico do Criciúma sabe o que é uma final de Catarinense. No ano passado, com a Chapecoense esteve na decisão em jogo único. Levou a Chape à final com a melhor campanha e foi surpreendido dentro de casa. Agora, tenta fazer valer o papel invertido. O Criciúma se classificou para as semifinais nos últimos instantes da primeira etapa. Isso vira embalo para os jogadores. O técnico, por sua vez, injeta o fator emocional que a partida exige.

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— Fomos melhores em tudo e ganhamos de todos os adversários na primeira fase. Mas em uma tarde em que não fomos bem, perdemos o título, e dou mérito ao Figueirense. Agora, entramos no final e por merecimento pelo que fizemos dentro de campo. Vamos enfrentar um adversário difícil, uma equipe entrosada. Espero que possamos estar em uma tarde feliz, que nossos jogadores sem competentes e estarmos na final — contextualiza o técnico do Tigre.

Vai com que tem funcionado

O Avaí que entra em campo deve ser bem parecido com o que começou a partida diante do Vasco na última quarta-feira, que terminou em derrota por 1 a 0 e eliminação na Copa do Brasil. Não apenas por falta de tempo para testar formações, mas porque o técnico Geninho se demonstrou satisfeito com o rendimento da equipe no decorrer da partida. No entanto, há uma mudança certa. O treinador ainda não encerrou as trocas no gol e para o duelo contra o Criciúma o homem embaixo do travessão será Lucas Frigeri.

No entanto, não podem ser descartadas eventuais mudanças por ordem médica. O lateral-direito Iury e o centroavante Daniel Amorim, goleador do Estadual com oito gols, terminaram a partida anterior com dores. Se ficarem de fora, o técnico pode utilizar Lourenço na lateral e colocar Igor Fernandes do outro lado. No ataque, a solução óbvia é Getúlio no comando de ataque e, assim, abre espaço para um atacante de lado ou mesmo um – improvável – rearranjo no meio de campo. Os dois últimos treinamentos para a partida da semifinal foram fechadas.

No Criciúma, tal e qual. A equipe do jogo passado, o revés diante da Chapecoense, que custou a eliminação na Copa do Brasil, é a base da escalação para a partida deste domingo. Até porque o treinador adiantou que não vai fazer mais mudanças além das necessárias por ordem médica, para não descaracterizar ainda mais o time. E ainda tem alguns trunfos para o decorrer da partida, como o meia Daniel Costa para explorar a bola parada e o centroavante Léo Gamalho, se precisar do jogo aéreo.

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Até porque o treinador não dispõe de tantas opções. O motorzinho Eduardo está machucado. Carlos Eduardo cumpre pelo terceiro cartão amarelo. Andrew sofre com canelite, mas está em adiantada recuperação e pode surgir jogar. O meio-campista Caíque fez trabalhos leves e o desgaste preocupa. No entanto, a ordem é não haver mudanças bruscas, por conta do pouco tempo de preparação do Tigre.

FICHA TÉCNICA – Avaí x Criciúma

AVAÍ

Lucas Frigeri; Iury, Marquinhos Silva, Betão e Lourenço (Igor); Mosquera, Pedro Castro e Matheus Barbosa; João Paulo, Daniel Amorim e Getúlio. Técnico: Geninho.

CRICIÚMA

Bruno Grassi; Maicon, Sandro, Derlan e Marlon; Jean Mangabeira, Wesley (Bruno Cosendey) e Caíque (Daniel Costa); Reis, Vinicius e Andrew (Léo Gamalho). Técnico: Gilson Kleina

ARBITRAGEM: Rafael Traci, auxiliado por Johnny Barros de Oliveira e Henrique Neu Ribeiro.

DATA E HORA: às 16h deste domingo.

LOCAL: Ressacada, em Florianópolis.

INGRESSOS: Sociais cobertas R$ 80, arquibancadas cobertas R$ 60, descoberta R$ 60 (também o setor de visitantes).

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