Sobra de um lado, falta do outro. Enquanto o Avaí tem três goleiros em condições de atuar na grande final do Campeonato Catarinense 2019, a Chapecoense dispõe apenas de um atleta para a posição. O técnico Geninho faz rodízio sob o travessão a cada jogo, enquanto Ney Franco entrou na fase decisiva competição com um atleta que tinha apenas três partidas como atleta profissional.

Continua depois da publicidade

A equipe mandante dispõe de três jogadores que se dividiram na função em 17 jogos – em dois o Leão contou com Léo Lopes. Glédson, Lucas Frigeri e Vladimir ganharam oportunidade de mostrar serviço e desde o rodízio instalado Geninho ainda não apontou qual é o titular, e talvez nem venha a ter: o desempenho do trio agrada. Atleta da função que mais atuou no Catarinense e mesmo sendo o herói da classificação azurra para a final, ao defender duas penalidades diante do Criciúma, Frigeri não sabe se será o goleiro da decisão. Respeita a escolha do treinador e aguarda.

– O rodízio mostra a confiança que a comissão e diretoria têm em nós. Cada um consegue mostrar o seu trabalho, cada um teve oportunidade jogando dentro e fora de casa. Cada um se respeita, se ajuda e torce pelo outro. Quem ganha é o Avaí com goleiros de qualidade. Quem entrar vai representar bem.

Pelo lado verde, a situação é bem diferente. Diante das circunstâncias, a Chapecoense se viu apenas com um goleiro de pouca experiência e formado na casa para os jogos decisivos do Campeonato Catarinense. João Ricardo foi suspenso por suspeita de doping. Antes, Ivan teve o contrato rescindido por causa de atitudes extracampo. O clube correu e voltou a contar com Elias, que estava emprestado, e contratou Vagner. No entanto, não houve tempo hábil para inscrevê-los nos Estadual – Vagner pôde atuar pela Copa do Brasul. Restou Tiepo, formado em Chapecó e que tem na final a sua quinta partida como atleta profissional.

– O Tiepo vem crescendo muito, tem a confiança do grupo. É muito capaz, querido por todos – disse o lateral Eduardo, em apoio ao companheiro, ainda antes da semifinal.

Continua depois da publicidade

Tiepo tem 21 anos e é solução da Chape para jogos decisivos
Tiepo tem 21 anos e é solução da Chape para jogos decisivos (Foto: Márcio Cunha, ACF)

Goleiros para as finais do Catarinense 2019

Números apenas no Catarinense 2019

Avaí

Lucas Frigeri (29 anos)

7 jogos – 4 gols sofridos

Glédson (36 anos)

6 jogos – 3 gols sofridos

Vladimir (29 anos)

4 jogos – 0 gol sofrido

Chapecoense

Tiepo (21 anos)

3 jogos – 4 gols sofridos