A Procuradoria de Frankfurt e o Escritório Federal de Investigação Criminal revistaram nesta terça os escritórios do banco estatal KfW, em Frankfurt, devido a uma suspeita de desfalque. Segundo as duas autoridades informaram nesta quarta, a suspeita está relacionada à transferência que o KfW fez ao Lehman Brothers em 15 de setembro no valor de 319 milhões de euros, quando a entidade americana já tinha sido declarada em quebra.
Continua depois da publicidade
A Procuradoria de Frankfurt dirige também o sumário contra vários diretores por suspeita de desfalque, enquanto o Escritório Federal de Investigação Criminal se encarregará das investigações policiais.
O objetivo deste procedimento é esclarecer se os responsáveis do KfW violaram de forma criminal sua obrigação de gestão do patrimônio, já que não impediram a transferência de 15 de setembro, apesar de saber dos problemas de liquidez do Lehman Brothers e diante da crise financeira.
A transferência ao banco americano Lehman Brothers quando este já tinha se declarado em quebra custou o cargo de dois membros do comitê executivo. O KfW avaliou os danos de suas atividades com o Lehman Brothers em mais de 500 milhões de euros (US$ 645 milhões).
O ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrück, que é membro do conselho de administração da entidade estatal, exigiu então um melhor controle de risco no KfW, que teve “erros sistemáticos”.
Continua depois da publicidade
Entenda a crise