As autoridades de Baixa Silésia, onde estaria enterrado o chamado “trem de ouro nazista” que fascina o público na Polônia e no exterior, duvidaram nesta segunda-feira sobre a existência do comboio.

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No entanto, o governador da região, Tomasz Smolarz, anunciou uma série de medidas para proteger a área indicada pelos chamados descobridores e verificar suas declarações.

“O valor informativo do anúncio da descoberta é de modo algum superior aos que já apareceram nas últimas décadas”, declarou à imprensa Smolarz, depois de reunir uma unidade responsável pela caso.

“Com base nos documentos apresentados (pelos caçadores de tesouros) ao prefeito de Walbrzych, é impossível afirmar que tal achado está realmente localizado no local indicado”, disse ele.

Smolarz negou a existência de imagens de georadar (que estuda a composição e estrutura do solo), que teriam sido fornecidas pelos descobridores que continuam anônimos.

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Na sexta-feira, o curador-geral de monumentos na Polônia, Piotr Zuchowski, afirmou ter visto imagens de um radar de penetração no solo de um trem blindado, com mais de 100 metros e enterrado no subsolo.

Ele disse estar “99%” convencido da existência desse “trem nazista”.

Interrogado sobre este ponto, o ministério da Cultura, onde Zuchowski é secretário de Estado, não foi capaz de fornecer maiores detalhes imediatamente.

O dirigente da Baixa Silésia anunciou nesta segunda-feira que a área indicada pelos potenciais descobridores, que representa cerca de três hectares de terra em Walbrzych, será protegida pela polícia e outros serviços competentes, como a polícia ferroviária, e que toda informação fornecida será “analisada do ponto de vista histórico, geológico, geográfico e técnico”.

O anúncio da descoberta, atribuída a um polonês e um alemão, reavivou lendas sobre trens carregados de ouro e joias que teriam desaparecido durante a derrota nazista em 1945.

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As histórias de dois trens especiais nazistas, desaparecidos na primavera de 1945, animam há anos a imaginação de muitos caçadores de tesouros.

Eles se apoiam na existência de grandes estruturas subterrâneas alemãs, incluindo aquelas em torno do enorme castelo de Ksiaz (Fürstenstein), perto de Walbrzych.

Os nazistas fizeram importantes obras no local para instalar uma das sedes de Hitler.

* AFP