As autoridades líbia não reconhecidas pela comunidade internacional e instaladas na capital Trípoli anunciaram nesta terça-feira que vão ceder o poder ao governo de união apoiado pela ONU.

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“Informamos que cessaremos as atividades do poder executivo, da presidência, dos parlamentares e ministros”, explicou o governo não reconhecido em um comunicado, emitido uma semana depois da chegada no país do primeiro-ministro Fayez al Sarraj, líder das novas autoridades.

No texto, eles explicam a decisão pela vontade de “acabar com o derramamento de sangue e para evitar a divisão da nação”.

No comunicado, o chefe do governo não reconhecido, Khalifa Ghweil, explica que a partir de agora “já não é responsável pelo que possa ocorrer no futuro”.

A Líbia conta com dois governos adversários desde meados de 2014, quando uma aliança de milícias ocupou Trípoli, forçando o Parlamento reconhecido pela comunidade internacional se deslocar para Trobuk.

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Al Sarraj, um empresário de Trípoli, ainda não recebeu o apoio oficial do Parlamento em Trobuk.

A nomeação de Al Sarraj para chefe de governo ocorreu em dezembro, após longas negociações patrocinadas pela ONU.

A chegada de Al Sarraj na quarta-feira passada, a Trípoli, por via marítima, foi marcada por advertências e ameaças do governo não reconhecido, mas no dia seguinte dez cidades do oeste da Líbia anunciaram seu apoio ao governo de união nacional, incluindo Sabratha, Zawiya e Zuwara.

A Líbia está mergulhada no caos e nas lutas entre milícias adversárias desde a morte, em 2011, do ditador Muammar Khadafi, em meio a uma revolta apoiada militarmente pelo Ocidente.

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