Na última segunda-feira, um homem de 50 anos foi espancado por moradores da Vila União, no Norte da Ilha, em Florianópolis. O motivo da agressão ainda é investigado. Um vídeo mostra o momento em que ele foi agredido por dois rapazes e atingido por pedras. Ele está internado em estado grave no hospital Celso Ramos, para onde teria sido levado pelos próprios agressores. Muito machucado, o homem ainda não conseguiu prestar depoimento. A polícia faz buscas pelos agressores.
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Entrevistado pelo repórter João Salgado, do Jornal do Almoço, o delegado Alexandre Carvalho diz que, a princípio, o homem agredido não é morador da região.
— Deve ter feito alguma coisa que chocou a comunidade. Como a vítima não pode falar, a gente não chegou no verdadeiro motivo. No decorrer da semana, com diligências, vamos falar com a comunidade para saber o que ocorreu — comentou o delegado.
A Polícia Militar vê com preocupação os casos de ¿justiça pelas próprias mãos¿. Ao repórter, o major Alessandro Marques diz que são poucos os registros, mas preocupantes, e que a PM não compactua.
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Alceu de Oliveira Pinto, professor de criminologia, lembra que quem agride alguém que cometeu um crime está cometendo outro.
— Hoje um linchamento é muito maior que o pretenso mal que foi causado pela vítima — resume o professor.
— A pena para esse crime varia de 15 a 30 dias de detenção, mas ainda somam-se outros crimes que resultem dessas agressões, como lesão corporal, até homicídios. A resultante da soma de penas pode ser bem maior — explica o major da PM.
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