O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador informou nesta quarta-feira que negou o registro do novo partido do ex-presidente Rafael Correa, que, em meio a uma crise governista, se desfiliou do movimento que ele próprio fundou e com o qual governou por uma década.

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A entidade eleitoral alegou descumprimentos legais e regulamentares para bloquear o trâmite de inscrição do Partido Revolução Cidadã, o mesmo nome com que Correa batizou seu projeto nacionalista de esquerda que aplicou ao governar entre janeiro de de 2007 e maio de 2017.

Correa e políticos ligados a ele informaram que iriam se desfiliar do movimento Aliança País, confirmando assim a ruptura total com o oficialismo diante das divergências irreconciliáveis com o presidente e ex-aliado Lenín Moreno.

A decisão acontece depois do Tribunal Eleitoral ratificar que o controle do partido corresponde à ala morenista e abriu a porta para a criação de outro movimento político por parte de Correa.

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“Poderão ficar com o nome, com as sedes, com o cacife do AP, mas as convicções, o povo, a Revolução e o futuro estão conosco”, escreveu Correa em sua conta de Twitter.

Correa e Moreno foram aliados até o último mês de maio, quando o novo governo tomou posse e o atual presidente começou a se distanciar de seu agora ex-companheiro de partido.

* AFP