Os autores do atentado de Londres cometido no último sábado (3) teriam preparado coquetéis Molotov e, em um primeiro momento, tentaram alugar um caminhão, sem sucesso, antes de optar pela van usada para atropelar pedestres – disse a Polícia britânica neste sábado (9).
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Em um comunicado, a Polícia Metropolitana indicou que, na van branca alugada pelos agressores, os investigadores encontraram “13 garrafas de vinho envolvidas com trapos que continham, provavelmente, um líquido inflamável”, além de dois maçaricos.
Os três agressores atropelaram várias pessoas na London Bridge e, depois, esfaquearam clientes e funcionários de bares e de restaurantes do Borough Market. Oito pessoas morreram até que o trio – Khuram Shazad Butt, Rachid Redouane e Youssef Zaghba – fosse abatido pela Polícia. Ao todo, 48 pessoas ficaram feridas.
A Polícia disse que Butt tentou alugar um caminhão de 7,5 toneladas horas antes do ataque, mas que o pagamento não foi concluído.
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“Como a transação para o pagamento falhou, não conseguiu alugar o caminhão”, disse à imprensa o chefe da unidade antiterrorista da Scotland Yard, Dean Haydon.
“Minha opinião agora é que recorreram a um plano B, e terminaram alugando a van”, disse Haydon.
Se tivessem conseguido alugar o caminhão, as consequências “teriam sido muito pior”, acrescentou.
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A Polícia publicou as imagens das facas de cerâmica de 13 cm usadas pelos agressores, de cor rosa e da marca Ernesto, com o objetivo de obter informações do público.
“Precisamos saber mais sobre essas facas. De onde vêm? Onde os agressores podem tê-las comprado?”, questionou a Polícia.
Os agentes também acreditam ter localizado a casa, na qual o ataque foi organizado. Teria sido um dos imóveis, nos quais a Polícia fez batidas no bairro de Barking, no leste de Londres. Lá encontraram um exemplar do Alcorão em inglês, “aberto na página que descreve o martírio”, assim como garrafas que cheiravam “a querosene”.
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Ao todo, a Polícia revistou 12 casas nos bairros de Barking e Ilford e deteve 18 pessoas. Cinco continuam detidas, enquanto 13 foram liberadas sem acusações contra elas.
* AFP