O fechamento de um acesso à BR-101 e a transformação em mão única da rua Victor Schopping, uma das marginais da BR-101, na zona Oeste de Joinville, vêm afetando a vida de moradores dos bairros Nova Brasília, São Marcos e Anita Garibaldi. As mudanças foram feitas na segunda-feira pela Autopista Litoral Sul, concessionária que administra o trecho Norte da rodovia.
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Com as mudanças na marginal, moradores reclamam que têm de dar uma volta muito maior – cerca de quatro quilômetros – para ter acesso à BR ou retornar ao Nova Brasília. Quem vinha da rua Minas Gerais não pode mais converter à esquerda na marginal. O mesmo ocorre com quem vem do Anita Garibaldi. Moradores desses locais agora têm que dar a volta no viaduto da rua Ottokar Doerffel.
Apesar da sinalização, motoristas ainda se confundiam com as mudanças na tarde de quarta. Morador do Anita Garibaldi, Giovani Scariot, de 30 anos, não viu a placa que proibia a entrada na marginal. Acabou trafegando na contra-mão e, quando chegou no acesso à rodovia, deparou-se com proteções metálicas colocadas pela Litoral Sul.
– Nem sabia da mudança. Vai ficar difícil para quem mora aqui – afirmou.
A dona de casa Ivonete Paula, 45, enfrentou a mesma situação.
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– A mudança é péssima. Quer dizer que vamos ter que dar a volta no trevo da Ottokar? – indignou-se.
O aposentado Vilibaldo Welter, 58, que mora numa lateral da marginal, diz que até a ida ao mercado, no Nova Brasília, ficou complicada.
– Antes eu ia e voltava pela marginal. Agora, para vir pra casa, tenho que fazer um retorno imenso. Não concordo com a alegação da Autopista, de que aqui ocorrem acidentes. Moro há 35 anos perto da marginal e nunca vi ocorrências graves nela.
A Autopista Litoral Sul, informou que o fechamento de acessos considerados irregulares é rotina e faz parte das obrigações contratuais da empresa. As mudanças na marginal do Nova Brasília foram feitas porque o acesso e a mão dupla ofereciam perigo ao trânsito, segundo a empresa. Moradores e comerciantes dos bairros São Marcos e Nova Brasília, principais afetados pela medida, devem procurar a Associação de Moradores para tentar entrar com ação judicial contra a concessionária.
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Até a tarde de quarta, o presidente da associação Marcelo Hellmann não tinha uma posição sobre o assunto.