O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, anunciou nesta quarta-feira que pretende ampliar as operações aéreas contra o grupo Estado Islâmico (EI) que a Austrália realiza no Iraque à vizinha Síria, atendendo a um pedido dos Estados Unidos.

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Abbott também informou que seu país está disposto a acolher mais 12 mil refugiados, em resposta à crise dos emigrantes que fogem da guerra na Síria e no Iraque.

A opinião pública australiana exigia do governo um maior envolvimento na crise dos emigrantes. Neste sentido, Abbott disse que seu país aumentará a ajuda financeira aos refugiados nos países vizinhos do Iraque e Síria.

“A Austrália acolherá mais 12 mil refugiados do conflito no Iraque e na Síria”, declarou Abbott. Estas 12 mil pessoas se unirão aos 13.500 refugiados que a Austrália recebe anualmente.

Abbott precisou que terão prioridade mulheres, crianças e famílias que pertencem às minorias perseguidas que se encontram refugiadas na Jordânia, Líbano e Turquia.

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Para resolver a crise humanitária, Abbott avalia ser fundamental expulsar do Iraque e da Síria os jihadistas do Estado Islâmico.

No momento, seis aviões de combate RAAF F/A18 e duas aeronaves de apoio australianas participam das operações no Iraque, e podem atuar na Síria nos próximos dias.

“Destruir este culto da morte é crucial, não apenas para resolver a crise humanitária no Oriente Médio, mas também para aniquilar a ameaça que pesa sobre a Austrália e o restante do mundo”, declarou Abbott.

Do ponto de vista do direito internacional, a extensão à Síria desta campanha aérea se justifica pelo direito à legítima defesa, já que o EI não respeita as fronteiras nacionais, explicou Abbott.

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“Com estes bombardeios (contra o EI) na Síria exercemos nosso direito coletivo à autodefesa com base no artigo 51 da Carta das Nações Unidas”, disse Abbott, precisando que o objetivo são os jihadistas do EI e não o regime do presidente sírio, Bashar al Assad.

* AFP