O Figueirense tem um novo capitão. Na primeira partida no comando do time, na vitória de 2 a 1 sobre o Naútico, o técnico Argel Fucks tirou a faixa do goleiro Wilson e a passou para o volante Ygor. Seria, de alguma forma, uma represália da diretoria e da comissão técnica ao camisa 1 por ter sido o único atleta do clube na festa do Campeonato Catarinense 2012? Wilson entende que não e explica que o critério foi exclusivamente técnico, mas na coletiva de imprensa depois da estreia na Série A, ficou evidente o incômodo que o assunto carrega no clube quando mencionado.
Continua depois da publicidade
Ao ser questionado pela repórtagem do Diário Catarinnse, na coletiva de imprensa no Orlando Scarpelli, depois da vitória diante do Náutico, sobre a perda da braçadeira de capitão, o goleiro não fugiu da pergunta. No entanto, o assessor de imprensa do clube, Ronaldo Nascimento, pediu que a pergunta fosse ignorada pelo atleta, causando espanto em todos os jornalistas presentes no local.
Wilson respondeu a pergunta, disse que aceita com tranquilidade a escolha de Argel e que a troca foi por motivos de posicionamento dentro de campo.
– Eu sabia que iriam tocar nesse assunto, nós já colocamos uma nota oficial no site, não tem nada do clube contra mim por eu ter ido na festa. Não teve ordem nenhuma do clube para os jogadores não irem para a festa. A troca na braçadeira foi pelos mesmo motivos dos úiltimos dois anos, quando também trocaram. O novo treinador acha melhor que o jogador de linha, por ficar mais perto do árbitro, seja o capitão, pois na Série A é melhor para dialogar com o árbitro. Esse foi o motivo de ter sido trocada a braçadeira. O Argel conversou comigo e é vida que segue – explicou Wilson.
O camisa 1 entende que a braçadeira de capitão é apenas um símbolo e que não será isto que irá modificar as atitudes dele dentro de campo. Experiente, o goleiro não quer causar problemas com o novo treinador e sabe que seguirá como um líder do grupo Alvinegro, com braçadeira ou não.
Continua depois da publicidade
– Por minha parte não tem problema nenhum e é vida que segue. Não é a braçadeira que vai mudar meu modo agir e acho que temos vários líderes dentro do grupo e não será isso que irá mudar meu modo de agir dentro de campo – argumentou Wilson.
A marca de 304 jogos com a camisa do Figueirense, ficou em segundo plano. O goleiro chegou a igualdade com o ex-goleiro Peçanha, em partidas disputadas no clube. No próximo duelo da Série A, contra o Fluminense, no próximo domingo, no Rio de Janeiro, Wilson será o goleiro que mais vestiu a camisa do Figueirense em jogos oficiais.
Mas a derrota para a o Avaí na decisão do Campeonato Catarinense ainda é assunto que rende no Figueirense. E depois do técnico Branco ser demitido, nenhum dirigente ou atleta do clube comparecer à festa de encerramento da competiação realizada anualmente pela FCF, com exceção do goleiro Wilson, o assunto é intocável no Orlando Scarpelli e ainda causa desconforto no clube.