Com foco nas exportações, a Aurora reinaugurou nesta terça-feira o frigorífico em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense. A unidade havia sido fechada em 2009 por conta de uma crise financeira e, com um abate atual de 1,5 mil suínos por dia, promete dobrar a capacidade até o final do ano.
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Embora ninguém mensure a reabertura em cifras, há expectativa de aumentar as riquezas no campo, com a ampliação da produção de suínos, e também na arrecadação de impostos do município. Só em ICMS, a Aurora deve injetar anualmente R$ 12 milhões nos cofres de Joaçaba.
Outro ponto positivo é a ampliação na oferta de empregos. O número de funcionários que hoje é de 560 também deve aumentar com a ampliação da produção, destinada principalmente ao mercado externo e a países como Estados Unidos e Japão. Na unidade, são feitos cortes suínos que atendem as necessidades desses compradores, mas não há industrialização da carne.
Presente na inauguração da planta industrial, o ministro da Agricultura, Neri Geller, salientou a importância da abertura de novos mercados externos, principalmente com incentivo às empresas catarinenses e parceria com as cooperativas.
– A reinauguração do frigorífico fortalece nossa economia e demonstra a importância que tem o mercado brasileiro para o mundo, especialmente Santa Catarina, que é o maior produtor da agroindústria nacional.
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O presidente da Aurora, Mario Lanznaster, explica que foram investidos R$ 86 milhões nas obras de ampliação, que garantiram a triplicação da capacidade produtiva do frigorífico, quando comparada à época da paralisação das atividades, há cinco anos.
– A estrutura atende a todos os padrões do mercado externo e estamos buscando habilitação para vender produtos a diversos locais. Somente na inauguração, tivemos delegações de 12 países que têm interesse nos nossos produtos – afirma.
O prefeito de Joaçaba, Rafael Laske, enxerga na reabertura do frigorífico benefícios a toda a cadeia produtiva da região, principalmente aos agricultores e às cooperativas agropecuárias fornecedoras de suínos, que antes precisavam mandar os animais para outras cidades e tinham prejuízos com a logística.