Aumento no número de vereadores divide opiniões entre entidades de Balneário Camboriú

Ainda sem data para entrar na pauta da Câmara de Vereadores, o projeto que aumenta de 13 para 19 o número de vagas no Legislativo de Balneário Camboriú divide opiniões entre as principais entidades de classe do município. A maioria acredita, assim como os próprios vereadores, que a representatividade deve sair ganhando caso a mudança se confirme, desde que o orçamento da Casa seja o mesmo a partir da aprovação da lei.

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Manter o mesmo custo com a Câmara e ampliar a possibilidade de participação popular é o principal argumento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Balneário (CDL). Para o presidente José Roberto Cruz, a maior quantidade de vereadores beneficia o debate e o aprofundamento das discussões.

– Com mais representantes, vai ser mais difícil um prefeito ou político ter maioria. Muda a conjuntura – avalia.

Embora não tenha posição definida sobre o assunto, o Sindicato da Indústria de Construção Civil de Balneário Camboriú (Sinduscon) aponta que tanto a quantidade de 13 quanto a de 19 vereadores é prevista em lei e que, não havendo crescimento nos gastos, não vê problema no projeto.

Já o Sindicato do Comércio Varejista de Balneário Camboriú (Sincomércio) é mais enfático na defesa do aumento, também baseado no fator representatividade.

– Serão pessoas que conhecem mais bairros, mais a situação de Balneário e isso tudo traz grande desenvolvimento para a cidade. E os projetos serão melhor discutidos – pondera Hélio Dagnoni, presidente do sindicato.

Sem necessidade

Quem é contra o aumento analisa que a alteração não é necessária e trará poucos resultados práticos ao trabalho do Legislativo. É o caso do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Balneário Camboriú e Região (Sindisol), que vê desvio de prioridades ao se propor essa lei.

– Precisamos de mais segurança, mais escolas, mais saúde pública, e não de mais vereadores – declara Dirce Fistarol, vice-presidente do Sindisol.

A Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc) ainda não discutiu o posicionamento oficial, mas o presidente Nelson de Oliveira lembrou que em 2011, quando também houve discussão sobre o aumento, a entidade foi contra.

– Ainda vamos conversar com a diretoria sobre isso, mas eu, como pessoa física e empresário, não vejo necessidade de mais vereadores. Pra mim, essa falada representatividade não se traduz em realidade e os custos com a Câmara aumentam automaticamente – opina.

Seja qual for a decisão, o fundamental é que a Câmara trabalhe pela cidade como um todo. Esse é o pensamento do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau, que também ainda analisa os prós e contras do possível aumento.

– Tudo precisa ser pesado, mas o mais importante é que, sendo 13 ou 19 vereadores, eles atuem de mãos dadas em prol do Centro de Eventos e de outras obras importantes para o futuro de Balneário – enfatiza Margot Rosenbrock Libório, presidente do Convention.