Motivo de alarde estadual em 2015, o crescimento dos assassinatos em Joinville, no Norte catarinense, continua sendo registrado em 2016 e novamente desafia a segurança pública.
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Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que houve 45 homicídios de 1º de janeiro a 18 de maio deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado foram 35 homicídios. Já em relação aos latrocínios (roubos seguido de morte) foram dois este ano (até 18 de maio) e quatro entre janeiro e 18 de maio de 2015.
Levantamento do jornal A Notícia revelou que ao menos 23 mortes foram execuções, um forte indicativo que quadrilhas do crime organizado seguem protagonizando a matança local.
A cidade teve um acréscimo significativo nas operações policiais este ano, além de prisões, apreensões de drogas e armas. Líderes de facções também foram presos. A polícia conseguiu solucionar a decapitação do adolescente Israel Melo Júnior, o Juninho, 16 anos — sete suspeitos de envolvimento na morte foram indiciados e denunciados pelo crime. A meta do comando regional da Polícia Civil é diminuir em 30% o número de homicídios este ano em Joinville.
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“Há decréscimo mês a mês”, diz delegado regional
O delegado regional de Joinville, Akira Sato, considera que os homicídios estão em decréscimo de janeiro a maio deste ano e garante que a polícia dobrou o índice de resolubilidade dos crimes contra a vida na cidade em 2016, esclarecendo até meados de março 70% dos assassinatos.
Akira afirma que a maioria dos homicídios este ano não se trata de execuções ligadas a facções criminosas e sim de crimes passionais, brigas ou discussões. Para o delegado, os trabalhos da Delegacia de Homicídios, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), PM e Gaeco trarão reflexos diretos na prevenção dos homicídios.
— Tudo tem o seu tempo, a diminuição será gradativa — declarou o delegado.