O aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil está relacionado à influenza A, principalmente ao vírus H1N1, aponta o Boletim InfoGripe da Fiocruz nesta quinta-feira (1º). Esse tipo de gripe foi observado, com maior predominância, em pacientes adultos com graves sintomas respiratório e em diversos estados do país nas últimas semanas. Em Santa Catarina, a Fiocruz avalia que há tendência de crescimento de pessoas com SRAG a longo prazo.
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Cerca de 31% dos casos positivos de SRAG entre pacientes a partir de 15 anos estavam associados ao vírus a gripe A, sendo a maioria do tipo H1N1, segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. O percentual é relativo as últimas quatro semanas epidemiológicas, de 23 de abril a 20 de maio. Considerando a população geral, a porcentagem cai para 17,8%.
Isso porque entre as crianças, principalmente na faixa até dois anos, o vírus mais comum é do tipo sincicial respiratório (VSR). Esse agente infeccioso correspondeu a 45,7% dos casos de SRAG por vírus no mesmo período, ainda segundo o boletim.
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Já os índices de diagnósticos de Covid-19 apresentaram queda entre os adultos. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o vírus SARS-CoV-2 representou apenas 23,5% dos testes positivos em casos de síndrome respiratória na população geral. Entre as pessoas com mais de 15 anos, o coordenador do InfoGripe relembra que o coronavírus saiu de um patamar de 80% dos casos positivos em março para um percentual de 53% nas últimas quatro semanas.
A partir dos dados coletados pelo Ministério da Saúde, o InfoGripe avalia que 19 estados brasileiros apresentam sinal de crescimento na tendência de doentes a longo prazo. Entre eles está Santa Catarina, mas sem distinção sobre aumento de casos nas faixas etárias de crianças, adultos e idosos. Ao contrário de outras 14 capitais, Florianópolis não apresenta sinal de crescimento de casos.
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Ainda de acordo com o boletim, o Brasil já recebeu mais de 69 mil notificações de casos de síndrome respiratória em 2023. Do total, cerca de 27 mil pacientes testaram positivo para algum vírus. Desses, 7,2% foram diagnosticados com Influenza A; 4,9% Influenza B; 40,6% vírus sincicial respiratório (VSR); e 37,5% SARS-CoV-2 (Covid-19).
Desde o início do ano, o país registrou 4.023 mortes por complicações da SRAG, sendo que 57,4% delas
tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Os que mais mataram pacientes em 2023 são da Covid-19, em 77,9% dos casos, 7,5% pela influenza A e 7,1% pelo VSR.
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