A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou a tramitação do projeto de lei que reajusta os salários do governador, vice e secretários de Estado de Santa Catarina.
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A proposta prevê que o salário de governador, vice e dos secretários do governo de Santa Catarina passem para R$ 25.322,25 a partir de 2023.
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Após ser admitido pela comissão na manhã desta quinta-feira (15), o reajuste precisa ser discutido e aprovado pelos deputados estaduais na Comissão de Finanças e no plenário. A expectativa é de que isso ocorra até terça-feira da próxima semana, dia 20 de dezembro.
O salário do governador atualmente é de R$ 15 mil. Com isso, o aumento para o mandato de Jorginho Mello será de 68,8%.
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Já no caso dos secretários, o salto na remuneração será maior. Atualmente, o vencimento dos chefes do primeiro escalão segundo fontes do governo é de cerca de R$ 10 mil. A partir do próximo ano, o valor será equiparado ao do governador e vice, ficando também em R$ 25,3 mil. Nesse caso, a elevação representa um aumento de 153%.
No caso da vice-governadora, o salário passará dos atuais R$ 12 mil para R$ 25,3 mil, um aumento percentual de 111%.
O valor dos novos salários será o mesmo dos atuais deputados estaduais de SC. A última vez que os salários de governador, vice e secretários haviam sido reajustados foi em dezembro de 2010.
Em comparação com os governadores dos outros estados do Sul, o novo valor do salário do governador praticamente se iguala ao do chefe do Executivo do Rio Grande do Sul, atualmente em R$ 25,3 mil. No Paraná, o governador já recebe um valor maior: R$ 33,7 mil. Todos os valores se referem à remuneração bruta.
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À reportagem do NSC Total, a assessoria do governador eleito Jorginho Mello informou apenas que o projeto é uma iniciativa da Alesc e que não surgiu de provocação do futuro chefe do Executivo de SC.
O líder do PL na Alesc, Ivan Naatz, defendeu o reajuste ao afirmar que os salários de governador e vice estavam sem reajuste há doze anos, e que precisariam de reposição. No caso dos secretários, ele afirmou que o vencimento atual estaria dificultando a contratação de profissionais, que chegam a receber o dobro na iniciativa privada. Por isso, o consenso entre líderes da Alesc teria sido de “fazer uma remuneração adequada”.
Caso seja aprovada pelo plenário da Alesc, o projeto seguirá para sanção do governo. O atual governador Carlos Moisés (Republicanos), informou via assessoria que a definição sobre o reajuste deve ficar para o próximo governo:
“A decisão sobre aumento salarial dos agentes políticos caberá ao futuro governador, já que este assunto nunca esteve nas prioridades do governador Carlos Moisés”.
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Assista ao anúncio do projeto sobre reajuste na Alesc
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