O crescimento da folha de pessoal e a queda da arrecadação acenderam a luz amarela no Centro Administrativo. Enquanto o gasto com pessoal avançou 19%, a arrecadação cresceu somente 4,3%. Usando estes números, o governador Raimundo Colombo (PSD) voltou a cobrar mais eficiência e resultados do secretariado.
Continua depois da publicidade
Pela terceira vez, Colombo reuniu o colegiado em Lages. No sábado, mais calmo do que no encontro anterior, em junho, quando chegou a levantar a voz, o governador elogiou o comprometimento do grupo, mas voltou a destacar a necessidade de se investir na gestão.
Colombo falou sobre a redução de R$ 700 milhões para R$ 60 milhões do gasto com aditivos em contratos. Mas lembrou que o controle é cada vez mais necessário, já que a projeção de arrecadação de ICMS está abaixo do previsto.
– Precisamos excluir aqueles que desperdiçarem gastos – destacou.
Continua depois da publicidade
O discurso mais contundente foi o do secretário da Casa Civil, Derly de Anunciação, que coordena o novo Modelo de Gestão de SC. Segundo ele, os custos da dívida pública, da folha e das despesas de custeio da máquina cresceram em relação ao ano passado.
Mas o crescimento da arrecadação não foi na mesma proporção.
– Corremos riscos de atrasar as contas. Precisamos apertar se quisermos evitar problemas. Os mecanismos de controle dependem de todos nós e a não apenas do governador.
Se a crise na Europa e a prorrogação da redução do IPI ajudam a explicar uma arrecadação menor, o secretário de Administração, Milton Martini, explica que o gasto com a folha aumentou em função da reposição salarial, o piso dos professores e o reajuste do vale alimentação.
Continua depois da publicidade
Para reduzir o impacto, nos últimos meses os secretários foram convocados a reduzir ao máximo o número de terceirizados. O que teria resultado, segundo Martini, em uma economia de R$ 15 milhões ao ano. O secretário da Fazenda, Nelson Serpa, diz que o foco agora será a redução do pagamento de aluguéis.