Na última terça-feira Márcia Patrícia Hoeltgebaun chegou em casa no Campeche, no Sul da Ilha, e se deparou com a casa revirada, muitos eletrônicos faltando e, além de tudo, um de seus dois gatos tinha sumido. A bióloga e a 2 DP de Florianópolis suspeitam que o animal foi levado pelos ladrões e aguardam o pedido de resgate ou o alerta de algum pet shop, que receba oferta de um animal com carcaterísticas semelhantes às do gato persa que atende por Mihtra.

Continua depois da publicidade

Pode parecer um caso inusitado, mas os policias civis garantem que não. Apesar de não terem estatísticas sobre esse tipo de crime, eles garantem que é cada vez mais comum.

– A gente sofre de ter a sua casa invadida, nós somos pesquisadores e só em material fotográfico roubaram R$ 15 mil, mas isso não é o pior. Pior é o drama de ter o seu animal levado e não saber o que aconteceu com ele. É como perder um membro da família, meu marido está ficando doente de preocupação, de ansiedade. A gente já não consegue mais aguentar a expectativa de um telefonema, de ouvir alguém chegando – explica Márcia.

A angústia de não saber se o animal está sendo machucado é aumentada pelo fato de que o gato tem problemas de visão e tendência a ter problemas nos rins.

Continua depois da publicidade

– É um animal que precisa de cuidados, nós não colocamos o chip de identificação nele porque ele tem pouco mais de um ano e mal saía no jardim, mas agora me arrependo.

Segundo a 2 DP, os ladrões costumam levar animais pequenos e de raça, que tem valor comercial.

– Nós não recebemos nenhum pedido de resgate ainda, mas oferecemos uma recompensa para recuperar nosso gato – afirma a bióloga.

Segundo Márcia, uma vizinha chegou a ver uma kombi bege estacionada em frente à sua casa no dia do crime, mas sem a placa, a informação é pouca para ajudar os policiais a resolverem o caso. Além disso, falta efetivo para investigações na delegacia que é responsável pelo Sul da Ilha inteiro.

Continua depois da publicidade

– São mais de 100 mil pessoas no Sul e só uma delegacia para cuidar de todos os casos da região, nós não conseguimos mais fazer investigações. É frustrante, porque a limita muito nossa capacidade de resolução dos casos, mas é a situação que a gente enfrenta – disse um policial da 2 DP, ressaltando que nessas condições informações e dicas de vizinhos e pessoas que possam ter informações sobre o crime são essenciais para resolver os casos.

Quem tiver informações sobre Mihtra, o gato persa de Márcia, pode entrar em contato com a 2 DP pelo telefone 48 3333-5525 ou direto com a bióloga pelo 48 9959 2022.