O preço dos alimentos da cesta básica aumentou em 16 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese). Florianópolis está entre elas. O custo para adquirir os alimentos aumentou 1% em novembro, e passou a custar R$ 454,87, a quarta mais cara do país.

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Apesar o aumento, a cidade deixa de ter o valor médio mais caro entre as pesquisadas, posição que ocupava na pesquisa anterior. Agora São Paulo reassume a liderança, (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre (R$ 463,09) e Rio de Janeiro (R$ 460,24). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21).

A cesta básica florianopolitana equivale a 51,83% do salário mínimo brasileiro. Significa que o trabalhador que ganha o mínimo tem que trabalhar 105 horas para adquirir todos os produtos. Ao longo do ano, a cesta aumentou 8,66%.

O vilão da vez foi a batata, pesquisada no Centro-Sul do Brasil. O item apresentou alta em quase todas as cidades, sendo que em Floripa esse aumento foi de 20%. Já o tomate, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou alta em todas as capitais, sendo que em Florianópolis essa variação foi de 132,01%.

Outros alimentos, por sua vez, tiveram leve redução em novembro. Destaque foi para a o quilo da carne bovina de primeira. Embora tenha subido em 11 capitais, em Florianópolis o preço caiu 2,17%.

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Salário Mínimo tinha que ser 4x maior

Com base nesses valores, o Dieese estimou em R$ 3.959,98 o salário mínimo necessário para a uma família de quatro pessoas no mês de novembro, o equivalente a 4,15 vezes o mínimo atual, de R$ 954.

Em outubro, o salário mínimo foi estimado em R$ 3.783,39. O tempo médio que um trabalhador levou para adquirir os produtos da cesta básica, em novembro, foi de 91 horas e 13 minutos. Em outubro de 2018, ficou em 88 horas e 30 minutos.