Subiu de 40 para 58 o número de casos de pessoas infectadas com o vírus da dengue em Santa Catarina nesta terça-feira. O salto se deve ao aumento dos registros em Itajaí, cidade que concentra 86% das ocorrências e é o foco do surto no Estado. Ainda há 12 pessoas em avaliação para saber se estão contaminadas, enquanto outros 42 casos, apesar das suspeitas, foram descartados como dengue.
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Desde a última quinta-feira, foi deflagrado um esforço entre a Secretaria estadual de Saúde e a Prefeitura municipal de aplicação de inseticida para diminuir a população de mosquitos adultos, na tentativa de eliminar possíveis focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. A prevenção da doença, no entanto, teria sido falha nos últimos anos. Em 2014, Itajaí passou a ser uma cidade considerada infestada pelo mosquito, manteve a classificação em 2015 e agora enfrenta as dificuldades de impedir que a doença se espalhe em meio a uma explosão de casos de contaminação.
– Tem que se tentar coibir o número de casos, para que não aumente muito dentro dessa população e principalmente que não se espalher para outros municípios – explica Regina Santos Valim, médica infectologista e professora da Univali.
A maior parte das ocorrências continua sendo de pessoas que contraíram a doença dentro do próprio Estado, os chamados casos “autóctones”. Do total registrada até o momento em Santa Catarina, foram 6 importados – que contraíram dengue em outros estados e voltaram – e 48 contaminadas aqui. Isso significa que a doença entrou e se fixou em Santa Catarina, o que não tinha ocorrido em outros anos.
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– Agora a gente está com registro de casos nossos, por vários fatores. A introdução de uma pessoa doente, dentro de um local com vetores, o mosquito transmissor, com uma grande população desses insetos que permitiu que a contaminação se espalhasse – explica Regina.
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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica tenta impedir que o surto se espalhe para outros municípios, em especial os considerados infestados pelo mosquito da dengue (Chapecó, São Miguel do Oeste, Xaxim, Xanxerê, Pinhalzinho, Balneário Camboriú e Itapema, além de Itajaí).
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