Doze pessoas morreram e 39 ficaram feridas na sexta-feira em Benghazi, no leste da Líbia, em um ataque a uma manifestação contrária a uma proposta da ONU para um governo de unidade, segundo novo balanço deste domingo.
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Na contagem anterior, de sexta-feira, foram registrados cinco mortos e 30 feridos.
“Segundo os último balanço médico, o número de vítimas pelos disparos de morteiro sobre uma manifestação na praça El Kish de Benghazi na sexta-feira subiu para 12 mortos e 39 feridos”, indicou a agência de notícias oficial do governo líbio reconhecido pela comunidade internacional.
O Centro Médico de Benghazi publicou em sua página no Facebook sobre oito mortos e o hospital Al Jalaa afirmou ter registrado outros quatro.
O ataque de Benghazi, ainda não reivindicado, foi condenado pela Espanha, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Portugal e Estados Unidos, assim como pela Missão das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL).
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A Líbia está mergulhada no caos desde a queda de Muammar Kadhaffi em 2011, e atualmente duas autoridades políticas disputam o poder, uma com sede em Trípoli e outra, a única reconhecida internacionalmente, com sede no leste.
Neste contexto, a comunidade internacional tenta pressionar pela assinatura de um acordo sobre um governo de unidade.
Após quase um ano de negociações, o emissário da ONU Bernardino Leon apresentou em 8 de outubro um projeto de acordo sobre um governo de união nacional incluindo representantes das duas autoridades, porém ambas as partes recusaram a proposta.
* AFP