Aumenta o registro no número de focos do mosquito da dengue em Joinville. Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, de janeiro a setembro deste ano foram 508 focos registrados, já no mesmo período do ano passado o município havia quando 212 focos – representando mais do que o dobro no número de casos. Em maio de 2018, foi o mês em que mais foram registrados focos do mosquito na cidade, com 111 registros. O mosquito é o vetor transmissor da dengue, do vírus da zika e das febres chikungunya e amarela.

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Os bairros da cidade que mais registraram casos foram o Boa Vista (203), Fátima (81), Itaum (23) e Jardim Sofia (23), representando 66% do total de casos verificados no município. Neste ano, já foram cinco casos confirmados da dengue – sendo que nenhum deles adquiriu a doença na cidade –, outros 39 estão sendo investigados e 28 foram descartados. Não há situações confirmadas em Joinville do Zika Virus e nem da febre Chikungunya.

De acordo com Nicoli dos Anjos, coordenadora da Vigilância Ambiental de Joinville, observa que o aumento nos focos positivos do vetor transmissor tem relação com o descuido da população.

— Enquanto o vetor estiver encontrando água parada, ele vai continuar se proliferando e vai ser difícil conter a infestação — menciona a coordenadora.

Ainda de acordo com Nicoli, os focos do bairro Boa Vista estão em armadilhas. Quando a vigilância detecta os focos em algum local, o controle é feito por armadilhas instaladas nas proximidades onde foi localizado o vetor. Conforme Nicoli, nas casas onde são encontrados criadouros dos mosquitos durante as visitas técnicas podem ser multadas. Os moradores são notificados para que realizem as adequações orientadas pelo técnicos do órgão, sob a pena de pagar multa de 2 a 10 UPMs – variando entre R$ 570,54 a R$ 2.852,70.

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As visitas são realizadas diariamente nas casas que ficam nos arredores da onde a Vigilância localiza os focos positivos dos vetores, em armadilhas instaladas pelo programa. Depois, o órgão abre um raio de delimitação de foco e começa a visitar residências e estabelecimentos dentro do perímetro para evitar que o vetor se espalhe. Além disso, são realizadas visitas quinzenais em pontos estratégicos, como borracharias, floriculturas e outros locais mais propensos a serem criadouros.

Crescimento em todo o Estado

Quase todas as cidades do Estado apresentaram crescimento no número de focos do Aedes aegypti, afirma Nicoli. Em 14 de setembro, a Dive/SC atualizou o a boletim com a lista de 153 municípios catarinenses que tiveram registro do vetor. A maior cidade do Norte ocupa a oitava posição no ranking das dez cidades catarinenses que mais registraram focos do mosquito neste ano. As três cidades que lideram a listagem são Balneário Camboriú (956), Chapecó (787) e Itajaí (757). (veja tabela completa abaixo).

O levantamento da Dive-SC ainda demonstrou que a maioria dos focos foram averiguados em depósitos de armadilhas (8313), seguido de pequenos depósitos móveis (1253) e em lixos, como recipientes plásticos e latas, (1280). Além disso, a maioria dos focos está em estabelecimentos comerciais (4379) e Residência com armadilha (2633).

Dicas de prevenção:

– Evite usar pratos nos vasos de plantas; se usar, coloque espuma em volta do pratinho;

– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

– Mantenha lixeiras tampadas;

– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas-d’água, lembrando de vedar inclusive o “ladrão” com uma tela de proteção;

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– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

– Mantenha ralos fechados e desentupidos;

– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

– Retire a água acumulada em lajes;

– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;

– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito;

– Guarde pneus velhos e outros objetos que possam acumular água em locais secos e abrigados da chuvas;