Sobe para 19 o número de focos de dengue em Joinville. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, na última quinta-feira, dia 26, os agentes do Programa de Controle à Dengue encontraram mais oito focos do mosquito. Desta vez, além das larvas, também foram achados 32 mosquitos do tipo Aedes aegypti (transmissor da dengue) na fase adulta.

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Dos oito focos, seis estavam em carcaças de veículos de um ferro-velho localizado na rua Waldomiro José Borges, no bairro Santa Catarina. No lado do ferro- velho, em um terreno baldio, mais dois focos foram descobertos em um pneu com água parada.

Confira o mapa de focos identificados em janeiro

Além dos focos, a equipe de agentes também encontrou, no mesmo local, outros 32 mosquitos na fase adulta (no começo de janeiro, oito mosquitos foram identificados no mesmo ferro-velho).

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De acordo com a coordenadora do Programa de Controle à Dengue do município, Bárbara Nied, é essencial que os moradores façam ações preventivas.

– Se cada pessoa tirar dez minutos por dia para cuidar de sua residência, será possível eliminar os focos-, explica.

Bárbara Nied conta que, quando os agentes encontram um foco, o Programa de Controle à Dengue estabelece um raio de 300 metros do local para tentar identificar outros ambientes com a larva. Entretanto, a coordenadora revela que os agentes ainda encontram dificuldades para entrar em alguns terrenos, seja por ausência dos proprietários ou mesmo por resistência dos moradores.

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– Pedimos para que a população receba nossos agentes-, apela.

Um caso é confirmado em Joinville

Este ano, já foram notificados nove casos suspeitos de dengue em Joinville. Dentre eles, cinco aguardam a conclusão dos exames laboratoriais, três já foram descartados e apenas um teve a doença confirmada.

A pessoa contraiu a doença em uma viagem que fez ao Rio de Janeiro e descobriu ao voltar para Joinville, depois que começaram a aparecer os sintomas.

No ano passado, foram registrados 117 casos suspeitos de dengue. Dezoito deles foram confirmados. Dos casos confirmados, apenas um foi contraído na cidade.

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Segundo a gerente de vigilância em saúde, Rosilei Weiss Baade, quando o médico suspeita de dengue, ele pede os exames e faz a notificação para o serviço de vigilância epidemiológica. O sangue é coletado e encaminhado a um laboratório especializado de Florianópolis.

Se a primeira amostra for positiva para a doença, o sangue é encaminhado mais uma vez para outro laboratório em São Paulo, que, só então, fará a confirmação do caso suspeito.

O tratamento da dengue é sintomático. O repouso e a hidratação fazem parte do processo, além da medicação. Nos casos de dengue hemorrágica, o risco é maior e, por este motivo, é fundamental o acompanhamento médico e a identificação da doença por meio do exame.

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A gerente de vigilância explica que existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue – DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Por isso, uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez por vírus diferentes.

Este ano, o Ministério da Saúde está preocupado com o tipo 4 da doença, que estava há 28 anos sem ser registrado no País. Este tipo de dengue foi confirmado em alguns Estados no ano passado.