Oitenta e cinco municípios de Santa Catarina são considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti, o que representa um aumento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com o último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC).

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A maior parte se concentra no Oeste catarinense, primeira região do Estado a ter locais infestados. A situação é determinada pela Diretoria quando há a combinação de dois fatores: a manutenção e a disseminação dos focos do inseto.

O crescimento no número de focos do mosquito é considerado pela Dive-SC como alarmante. Neste mês o aumento foi de 62% comparado ao mesmo período de 2018.

Entre 30 de dezembro e o último dia 4 de maio, a Dive-SC identificou 15.595 focos do mosquito em 175 municípios. No mesmo período no ano passado, foram 9.627 focos em 145 cidades. João Fuck, gerente de zoonoses da Dive, explica que o aumento pode ser justificado por uma combinação de fatores:

— O verão foi muito quente e chuvoso, especialmente no litoral, onde houve também muito trânsito de turistas que podem ter trazido o mosquito consigo. Além disso, ainda falta um entendimento na população catarinense de que o Aedes aegypti já está aqui e que os cuidados são extremamente necessários.

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Luta contra o mosquito

Nesta segunda-feira, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC) lançou uma campanha para eliminar possíveis focos do Aedes aegypt com o recolhimento de pneus entre os dias 20 e 24 de maio. Essa é a terceira vez que a iniciativa acontece no Estado, entretanto nos dois últimos anos foi concomitante em todo o país.

O processo é feito pela Reciclanip, entidade gestora do sistema de Logística Reversa de Pneus Inservíveis em todo o Brasil. Em SC existem 24 pontos fixos de coleta de pneus. Além destes, pelo menos 14 municípios do Estado devem contar com atividades. A Diretoria de Vigilância destaca a importância do descarte de pneus:

— Junto da sucata, eles são os grandes problemas do Estado. Os pneus são o criadouro ideal para o mosquito, são escuros, acumulam água com facilidade e demoram até 600 anos para se decompor.

Para participar da ação, a população deve se informar onde será o ponto de coleta em seu município e agendar a entrega. Os pontos de coleta já conveniados podem ser conferidos aqui.

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Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;

Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

Mantenha lixeiras tampadas;

Deixe os depósitos d’água sempre vedados,

Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário.