O clima de insegurança em Parauapebas (PA) aumentou nesta segunda-feira. Garimpeiros e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ameaçam parar a Estrada de Ferro Carajás, às vésperas do aniversário do chamado massacre de Eldorado do Carajás, segundo informações do site G1 e do Jornal Nacional.
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Os manifestantes permanecem de prontidão nos acampamento em Parauapebas. Eles vieram de várias partes do Maranhão e do Pará e ameaçam invadir as instalações da ferrovia, que é usada pela Companhia Vale do Rio Doce para transportar minério de ferro, combustíveis e passageiros.
A data da invasão ainda não é certa, mas na próxima quinta-feira, os manifestantes querem lembrar o massacre do Carajá, quando 19 integrantes do MST foram mortos pela Polícia Militar.
O governo do Pará disse que vai manter, por tempo indeterminado, cerca de 500 policiais militares na região. O número de manifestantes no local já chega duas mil pessoas.
Na manhã desta segunda-feira, no município de Benevides, no Nordeste do Pará, os trabalhadores rurais ligados a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) bloquearam a BR-316, que liga o Pará ao Maranhão. O grupo queimou pneus e longas filas de carros se formaram. O protesto foi para pedir para rapidez na reforma agrária. A rodovia foi liberada em uma hora.
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Protestos
Em Agudos, no interior de São Paulo, manifestantes invadiram uma fazenda da companhia Ambev, neste fim de semana. Em São Gabriel (RS), mil integrantes do MST invadiram uma fazenda 13 mil de hectares.
Em Pernambuco, 28 propriedades rurais foram invadidas foram invadidas desde sábado. Em Santa Maria da Boa Vista fica uma das áreas invadidas. Segundo o MST, cerca de 300 famílias estão no local.