A partir de segunda-feira, os cerca de 1,3 mil alunos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) de Jaraguá do Sul começam a repor as aulas perdidas nos cerca de 80 dias de paralisação dos servidores. O calendário já foi montado e deve incluir aulas aos sábados e cronograma estendido.

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A proposta apresentada nesta quinta-feira pela direção deve ser aprovada na semana que vem, após passar pela análise de uma comissão composta por servidores e alunos. Nas duas unidades do município, a paralisação atingiu cerca de 80% dos 130 servidores e professores.

No campus Jaraguá do Sul, no Centro, 600 estudantes de sete cursos passarão setembro recuperando o conteúdo perdido.

– O segundo semestre começa em outubro e termina em março de 2013 – comenta diretor Erci Schoenfelder.

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A proposta de reposição apresentada nesta quinta-feira à tarde prevê estender o ano letivo até 20 de dezembro e antecipar a volta às aulas para 2 de fevereiro. Antes da greve, o recesso estava previsto para 12 de dezembro, com retorno em 20 de fevereiro.

No campus Geraldo Werninghaus, no bairro Rau, a greve atingiu 700 alunos de três cursos. O diretor do campus, Neury Boaretto, propõe encerrar as aulas em 21 de dezembro e reiniciar em 4 de fevereiro.

A greve no IFSC começou em 18 de junho, acompanhando um movimento nacional dos funcionários públicos federais, e encerrou após assembleia na quarta. Um dos coordenadores do Sindicato Nacional dos Servidores Federais (Sinafese), Mário Cesar Sedrez, também coordenador do comando de greve no campus Geraldo Werninghaus, diz que o acordo firmado entre o governo e a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) não foi aprovado por outros órgãos que representam a categoria.

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Uma das críticas é o reajuste diferenciado na tabela dos docentes, de 25% a 45%, o que Sedrez considera uma “desproporcionalidade entre os níveis de carreira.” Para os técnicos administrativos, haverá reajuste de 15,8% no piso, que será concedido em três vezes (2013, 2014 e 2015), e aumento de 3,6% para 3,8% do percentual sobre o salário-base, conforme o nível de carreira.

Todos os servidores terão reajuste de R$ 69 no auxílio-alimentação, que hoje é de R$ 304, e o aumento de 25% a 35% na contrapartida paga pelo governo nos planos de saúde, conforme a faixa etária.